Qualquer acordo sobre o futuro de Gaza deve respeitar a vontade do povo palestino, enquanto a governança pós-guerra na região deve seguir o princípio de "palestinos governando a Palestina", disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Chen Xiaodong, na sexta-feira.
Chen reafirmou a posição de Beijing sobre Gaza, durante uma reunião de grupo com enviados diplomáticos de países árabes à China, na qual ele disse que a China está disponível para manter a comunicação e coordenação estreitas sobre a questão palestina.
A reunião foi realizada após uma proposta recente da Administração Trump para os Estados Unidos assumirem Gaza, deslocarem a população e a reconstruirem como uma "Riviera do Oriente Médio".
Chen enfatizou na reunião que "Gaza pertence ao povo palestino" e é uma parte inalienável do território da Palestina.
A China apoia firmemente os direitos nacionais legítimos do povo palestino e a Autoridade Nacional Palestina no exercício de governança efetiva sobre todos os territórios palestinos, incluindo Gaza e a Cisjordânia, disse.
A China também apoia a realização da solução de dois estados como o caminho fundamental a seguir, rumo a uma solução política justa e antecipada da questão palestina, ou seja, o estabelecimento de um Estado independente da Palestina que goze de soberania total com base na fronteira de 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital, acrescentou Chen.
Os enviados diplomáticos de países árabes expressaram firme oposição à proposta americana, a qual consideram que viola o direito internacional e o direito humanitário internacional, bem como as resoluções relevantes das Nações Unidas.
Eles expressaram apreciação pela posição justa da China em relação à questão, e expressaram a vontade de que Beijing continue a desempenhar um papel construtivo na salvaguarda da justiça internacional e no apoio aos direitos nacionais legítimos da Palestina.