O governo chinês anunciou no dia 11 um plano de ação para expandir e melhorar os serviços de trens turísticos adaptados para idosos, como parte do esforço nacional para impulsionar a "economia da terceira idade".

A iniciativa, promovida pelo Ministério do Comércio da China, juntamente com outros oito órgãos governamentais e empresas estatais, visa diversificar o mercado de turismo, estimular o consumo de serviços e atender à crescente demanda do público idoso por viagens.

O plano prevê a recolha de sugestões da sociedade para identificar as necessidades dos turistas idosos e, assim, lançar produtos turísticos personalizados. Além disso, será feita uma melhoria na infraestrutura dos trens, promovendo adaptações para torná-los mais ecológicos, confortáveis e adequados ao público sênior.

Outras medidas incluem o desenvolvimento de roteiros turísticos temáticos voltados para idosos, a oferta de serviços personalizados e a integração eficiente entre os trens e os destinos turísticos. Serão também aprimorados aspetos como reserva de passagens, acessibilidade, conexões de transporte e serviços de receção.

A China possui a maior população idosa do mundo, com quase 300 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa um desafio para o país. Para lidar com essa realidade, a China aposta na economia da terceira idade como uma forma de transformar essa crise em oportunidade.

O termo "economia prateada" faz referência aos cabelos grisalhos dos idosos e engloba um setor voltado para melhorar o bem-estar dessa população, oferecendo serviços e produtos especializados.

Essa estratégia reflete tanto a vontade política do governo quanto a tradição milenar chinesa do respeito pelos idosos. Há ainda um sentido de urgência: estima-se que até 2035 o número de pessoas com 60 anos ou mais ultrapasse 400 milhões, representando mais de 30% da população total.