Apesar das tensões geopolíticas e do crescente protecionismo comercial, as empresas internacionais estão aprofundando seus compromissos na China, à medida que 2025 avança, demonstrando o apelo do país junto daqueles que buscam permanecer competitivos globalmente.
A 'gigafábrica' da montadora americana Tesla em Shanghai, começou a produzir baterias de armazenamento de energia na terça-feira. No início deste mês, a Toyota anunciou planos para estabelecer uma fábrica de veículos elétricos no centro econômico do leste da China. Em janeiro, começou a construção da nova unidade de fabricação e pesquisa da Siemens Healthineers, em Shenzhen, no sul da China.
A justificativa por detrás desses investimentos por líderes globais da indústria é clara: a China continua sendo um mercado vital, com potencial de crescimento significativo.
Com sua classe média em expansão, a posição da China como potência econômica global torna seu vasto mercado difícil de ignorar. Em 2024, o produto interno bruto (PIB) do país atingiu um recorde de 134,91 trilhões de yuans (cerca de 18,81 trilhões de dólares americanos), marcando um aumento de 5% em termos anuais.
Enquanto segunda maior economia do mundo, a China oferece oportunidades que são difíceis de encontrar em outros lugares.
A cadeia de suprimentos da China se tornou cada vez mais sofisticada e completa. Seu ecossistema de manufatura altamente competitivo e avançado continua a atrair investimentos de alto valor e intensivos em tecnologia.
O agregado de talento da China, particularmente sua abundância de engenheiros, reforça a confiança das corporações multinacionais em estabelecer centros globais de pesquisa e desenvolvimento no país.
A transformação da China em um centro de inovação é particularmente evidente em setores como veículos elétricos e baterias de íons de lítio. À medida que a China constrói um sistema industrial moderno, ela acelera os esforços para desenvolver novas forças produtivas de qualidade, criando novas oportunidades para empresas globais.
A China continua comprometida em abrir e promover a cooperação mutuamente benéfica. O mercado do país se tornou cada vez mais acessível, e uma série de medidas foram tomadas para incentivar o investimento estrangeiro. Nos últimos anos, a China fez avanços significativos na promoção da abertura de alto padrão, incluindo a redução da lista negativa para o investimento estrangeiro, eliminando todas as restrições a investidores estrangeiros na manufatura e expandindo a abertura unilateral aos países menos desenvolvidos.
Os resultados desses esforços são refletidos no aumento de 9,9% no número de empresas recém-estabelecidas com financiamento estrangeiro na China no ano passado.
As autoridades chinesas elegeram também a expansão da abertura econômica de alto padrão uma prioridade fundamental para 2025. Durante uma reunião executiva na segunda-feira, o Conselho de Estado aprovou um plano de ação para estabilizar o investimento estrangeiro este ano.
A reunião pediu medidas mais práticas e eficazes para atrair capital estrangeiro, ressaltando o compromisso da China em criar um ambiente favorável aos negócios.
Apesar dos desafios impostos pela politização de questões econômicas e comerciais no Ocidente e pelo abrandamento do investimento global, a abertura de alto nível, a vitalidade econômica e a expansão da base de consumidores da China continuam a fazer dela um dos principais destinos de investimento.
De acordo com o Índice de Confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED) da Kearney de 2024, que mede as expectativas dos investidores para o IED nos próximos três anos, a China saltou do sétimo para o terceiro lugar no ranking global, liderando todos os mercados emergentes.
Como vários executivos multinacionais referiram: "A próxima China ainda é a China".
Em uma era de incerteza e instabilidade, um dado permanece claro: investir na China é uma decisão estratégica para aqueles que buscam garantir seu futuro.