Prata de Rebeca Andrade e bronze de Mayra Aguiar fazem Brasil a fechar a primeira semana com 7 medalhas

Fonte: Xinhua    02.08.2021 08h33

A brasileira Rebeca Andrade se tornou nesta quinta-feira a primeira atleta de seu país e da América Latina a subir ao pódio da ginástica artística feminina em Jogos Olímpicos, ao conquistar a medalha de prata no individual geral da modalidade em Tóquio 2020.

Com 57,298 pontos, Rebeca era a favorita após à desistência da norte-americana Simone Biles e não ficou com o ouro por uma diferença de 135 milésimos para a campeã, a americana Sunisa Lee, que obteve 57,433 pontos. A russa Angelina Melnikova (57,199) ficou com o bronze.

A prata desta quinta-feira e as possibilidades de obter outros pódios nos próximos dias, quando disputará as finais de salto feminino, solo e trave de equilíbrio, são passos gigantescos na carreira da atleta de 22 anos, nascida em uma família humilde de Guarulhos (SP) e que seguiu em frente apesar de ter passado em 2015, 2017 e 2019 por três cirurgias por rompimento de ligamentos de joelho.

Por sua vez, a judoca Mayra Aguiar, após conquistar hoje o bronze na categoria 78kg, se tornou a primeira brasileira na história olímpica do país a ganhar três medalhas em um esporte individual.

Aguiar, que derrotou a sul-coreana Hyunji Yoon, já tinha conquistado o bronze de sua categoria em Londres 2012 e Rio 2016, o que faz dela a única atleta, entre homens e mulheres, do judô brasileiro a subir três vezes consecutivas em um pódio, entre os 24 conquistados até agora por seu país.

Com as duas medalhas obtidas hoje, o Brasil encerrou sua participação nos primeiros sete dias de Tóquio 2020 com 7 medalhas - uma de ouro, três de prata e três de bronze, seu melhor começo em Jogos Olímpicos.

O primeiro e, até agora, único ouro brasileiro, foi conseguido por Ítalo Ferreira, que confirmou o favoritismo e venceu o japonês Kanoa Igarashi na final do surfe, enquanto as duas pratas foram conquistadas em uma disciplina que, assim como o surfe, estreou nesses Jogos Olímpicos, o skate, cuja modalidade street viu os brasileiros Kelvin Hoefler e Rayssa Leal alcançarem o segundo lugar, tanto na competição masculina, como na feminina.

Com relação às três medalhas de bronze, vieram de esportes nos quais o Brasil tem tradição: o judô, com Mayra Aguiar e Daniel Cargnin, e a natação, com Fernando Scheffer, terceiro nos 200m livres.

A meta do Brasil em Tóquio é superar seu recorde de medalhas, alcançado em Rio 2016, com 19 pódios e o maior número de ouros olímpicos de sua participação em Jogos Olímpicos, o que colocou o país anfitrião em um inédito 13º lugar na classificação geral.

Não obstante, as possibilidades de medalhas douradas estimadas pelos analistas esportivos locais não parecem tão promissoras. O Brasil, sim, venceu no surfe com Ítalo Ferreira, o segundo favorito, mas o primeiro, Gabriel Medina, sequer subiu ao pódio, depois de perder a semifinal para o japonês Igarashi e cair na disputa pelo bronze perante o australiano Owen Wright, decepcionando quem previa um duelo brasileiro na final.

Também no street skate feminino, a expectativa otimista de um pódio triplo verde-amarelo não se concretizou. As duas favoritas, Pâmela Rosa, primeira do ranking mundial, e Letícia Bufoni foram eliminadas cedo e apenas a adolescente de 13 anos Rayssa Leal brilhou e conquistou a prata em uma premiação em que a campeã japonesa era só cinco meses mais velha que a brasileira, e a terceira colocada foi outra japonesa, de 16 anos.

Outros atletas apontados como favoritos ainda não começaram ou estão no início das respectivas competições: Isaquias Queiroz (Canoagem C1 1000m), Beatriz Ferreira (Boxe) e Martine Grael/ Kahena Kunze (Vela), que buscarão o bicampeonato no ouro da classe 49er FX.

Com relação aos esportes coletivos, as esperanças brasileiras de medalhas continuam sendo a seleção masculina de voleibol, que busca seu quarto ouro olímpico, a seleção feminina, duas vezes campeã (Beijing 2008 e Londres 2012) e as seleções masculina que busca seu segundo título consecutivo e feminina de futebol.

Claro que, como acontece em todos os Jogos Olímpicos, sempre há surpresas, o que vai frustrar vários atletas, mas também apresentar ao mundo novos heróis. Assim, até que a chama olímpica se apague no Japão, ainda há muito espaço para sonhos.

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

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