A China espera que os Estados Unidos honrem suas palavras e tomem ações concretas para realmente proteger os direitos e interesses legítimos das minorias étnicas, incluindo asiáticas, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, na segunda-feira (22).
Hua fez a afirmação quando solicitado a comentar sobre os três tiroteios em Atlanta, Geórgia, em 16 de março, que resultou na morte de oito pessoas, seis delas asiáticas.
Hua confirmou que uma das vítimas era um cidadão chinês, solicitando aos Estados Unidos que apliquem uma punição severa no assassino de acordo com a lei o mais rápido possível e que tomem medidas eficazes para proteger a segurança e os direitos legítimos dos cidadãos chineses nos Estados Unidos.
Ela disse que a Embaixada da China nos Estados Unidos está acompanhando o andamento do caso e prestará assistência ativa às famílias dos mortos.
O vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, condenou a violência anti-asiática no país na última sexta-feira (19), acrescentando que o racismo, a xenofobia e o sexismo são todos "reais na América" e sempre existiram.
Dizendo que o racismo sistêmico e a supremacia branca "são venenos horríveis que há muito atormentam os Estados Unidos", o presidente dos EUA, Joe Biden, acrescentou numa declaração no domingo (21) que "devemos mudar as leis que permitem a discriminação em nosso país, e devemos mudar nossos corações."
“Os EUA não devem apenas ter a coragem de enfrentar o problema, mas também a determinação de resolvê-lo”, ponderou Hua.
Ela disse que espera que os Estados Unidos façam o que dizem e realmente salvaguardem os direitos e interesses legítimos das minorias étnicas, incluindo asiáticas, protegendo-as de discriminação, ataques ou mesmo ameaças às suas vidas.
Os Estados Unidos devem cumprir seriamente suas obrigações sob a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial e responder às preocupações da comunidade internacional com ações concretas, enfatizou Hua.