O Ministério da Saúde do Brasil confirmou nesta quinta-feira o primeiro caso de reinfecção pela Covid-19 no país, uma médica de 37 anos que vive em Natal, capital do estado de Rio Grande do Norte e que também trabalhava no estado vizinho da Paraíba (ambos no nordeste).
O caso foi identificado pelos governos dos dois estados, que utilizaram o método de sequenciamento genético realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confirmando que a mulher estava infectada por duas cepas diferentes do vírus.
O caso estava sendo investigado desde 23 de outubro, quando o Centro de Informação Estratégica de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte recebeu a notificação da suspeita.
A primeira infecção ocorreu em junho, quando depois de apresentar um quadro de síndrome de gripe (dor de cabeça, dor abdominal e coriza) no dia 17, a paciente foi submetida ao exame de RT-PCR na Paraíba em 23 de junho.
O resultado do teste foi positivo, e a médica se recuperou depois do período de isolamento recomendado.
No dia 11 de outubro, porém, a paciente voltou a apresentar uma condição de síndrome de influenza, com sintomas de astenia, mialgia, dor de cabeça e transtornos de paladar e olfato.
Um novo teste de RT-PCR realizado em 13 de outubro, também no estado da Paraíba, obteve um novo resultado positivo para a presença do vírus do SARS-CoV2, indicando novamente Covid-19.
As autoridades dos dois estados, então, abriram uma investigação do caso. As amostras da paciente foram enviadas para análise ao laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, a Fiocruz é uma referência para pesquisa de laboratório de supostas casos de reinfecção pelo vírus.
"Os testes realizados permitem confirmar a reinfecção pelo vírus do SARS-CoV-2, depois de sequênciar o genoma viral completo que identificou duas cepas distintas", informou.
A pasta enfatizou que devem ser tomadas todas as medidas para prevenir o contágio.
"O Ministério da Saúde adverte que o caso reforça a necessidade do uso contínuo de máscaras, da limpeza constante das mãos e pelo uso do álcool em gel", alertou.