O número de mortes da Covid-19 em Portugal quase dobrou durante a segunda onda da pandemia em comparação com a primeira, de acordo com uma pesquisa realizada na quinta-feira pelo jornal português Público.
Nos primeiros cinco meses da pandemia, Portugal registou 1.735 mortes associadas ao novo coronavírus, enquanto o número de mortes subiu para 3.229 entre o início de agosto e dezembro.
Segundo Vasco Ricoca Peixoto, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública de Portugal, este aumento das mortes durante a segunda onda no país ocorreu porque "o número de infecções é maior, atingindo as gerações mais velhas, que estão em maior risco".
O especialista destacou ainda que o "medo inicial" e a falta de conhecimento sobre a gravidade da doença levaram as pessoas a respeitarem mais as medidas de confinamento durante a primeira onda.
Na quarta-feira houve a extensão do estado de emergência em Portugal, que vigorará até 23 de dezembro. O país registou mais 70 mortes e 4.097 casos positivos da Covid-19 nesse dia, elevando o número de mortos para 5.192 e o da infecções confirmadas para 332.073 desde o início da pandemia.
O coordenador da campanha de vacinação, Francisco Ramos, anunciou na quinta-feira que Portugal vai vacinar 50 mil pessoas por dia nos centros de saúde a partir de janeiro de 2021.
Enquanto o mundo luta para combater contra a pandemia, países como Alemanha, França, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos estão correndo para desenvolver uma vacina.
De acordo com o site da Organização Mundial da Saúde, em 8 de dezembro, havia 214 vacinas candidatas contra Covid-19 sendo desenvolvidas em todo o mundo, e 52 delas estavam em ensaios clínicos.