Vendas de produtos de combate à pobreza na China ultrapassam 330 bilhões de yuans nos primeiros 10 meses

Fonte: Diário do Povo Online    01.12.2020 14h01

Por Zhao Zhanhui, Diário do Povo

Duas vendedoras mostram malaguetas secas no Dia Nacional de Combate à Pobreza de 2020, na província de Guizhou, a 17 de outubro. Foto: Yang Wenshu, Diário do Povo Online

As vendas de produtos das regiões pobres da China ultrapassaram os 330 bilhões de yuans (cerca de US $ 50,16 bilhões) nos primeiros 10 meses deste ano, dobrando a quantia de 160 bilhões de yuans do ano passado, de acordo com uma coletiva de imprensa sobre a campanha de estímulo ao consumo da China para a redução da pobreza realizada pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado em 24 de novembro.

Desde o início de 2019, o governo, as empresas e todos os setores da sociedade civil compraram diretamente ou ajudaram a vender produtos agrícolas especializados no valor de quase 500 bilhões de yuans de áreas afetadas pela pobreza, por meio de esforços de redução da pobreza impulsionados pelo consumo, com base em estatísticas preliminares.

Guo Lanfeng, secretário-geral adjunto da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), disse que o sistema de políticas para a redução da pobreza por meio do consumo de produtos e serviços de áreas desfavorecidas foi aprimorado gradualmente, ao invés da doação.

Várias atividades, incluindo o Fórum da China para o Consumo e Alívio da Pobreza e uma campanha nacional pró-consumo de um mês para promover a redução da pobreza foram realizadas. Como resultado, passou a haver um consenso crescente em toda a sociedade na participação de esforços de redução da pobreza através do consumo.

Esta campanha possibilitou uma subida da renda per capita dos residentes rurais em áreas pobres de 7,1% em termos anuais, para 4.163 yuans em 2019.

Apesar do impacto do surto de Covid-19, a receita operacional líquida per capita dos residentes rurais em áreas pobres aumentou 4,9 por cento em uma base anual durante os primeiros seis meses deste ano, acima da taxa de crescimento do PIB da China durante o mesmo período.

Este ano, departamentos e organizações do governo central lançaram programas especiais para estimular as vendas estagnadas de produtos agrícolas na província de Hubei, na China central, que foi duramente atingida pela epidemia.

De acordo com dados preliminares, até o final de outubro, departamentos e organizações do governo central compraram diretamente mais de 1,6 bilhão de yuans em produtos agrícolas de Hubei, gerando vendas no valor de 17 bilhões de yuans, disse Cheng Yongwen, chefe da a comissão provincial de desenvolvimento e reforma da província.

Por exemplo, a Federação de Cooperativas de Fornecimento e Marketing de toda a China organizou 46 organizações para comprar diretamente mais de 13 milhões de yuans dos principais produtos que tiveram vendas abaixo do previsto, como chá, lagostim e cogumelos shitake, auxiliando, simultaneamente, as vendas no valor de 3,4 bilhões de yuans.

As plataformas de comércio eletrônico também redobraram os esforços para impulsionar as vendas de produtos agrícolas de Hubei.

Enquanto isso, o Diário do Povo, a agência de notícias Xinhua, o China Media Group e outros meios de comunicação estatais lançaram atividades de caridade para ajudar Hubei na luta contra a epidemia. O aplicativo do Diário do Povo lançou uma atividade online para solicitar a compra de produtos da província, consolidando mais de 30 milhões de visualizações.

De acordo com Chen Xiaoyun, chefe do Gabinete de Cooperação e Intercâmbio do Governo Municipal de Shanghai, a cidade promoveu vendas de 12 bilhões de yuans em produtos agrícolas de áreas pobres da China, incluindo mais de 6 bilhões de yuans em produtos da província de Yunnan e da cidade de Zunyi, província de Guizhou.

Atualmente, o NDRC, o Escritório do Grupo Líder do Conselho de Estado para Alívio da Pobreza e Desenvolvimento e outros departamentos estão conduzindo uma avaliação abrangente das políticas e medidas de redução da pobreza por meio do consumo, implementadas durante o período do 13º Plano Quinquenal da China (2016-2020).

A China atualizará suas políticas durante o 14º período do plano quinquenal (2021-2025). O país irá, durante este período, concentrar-se principalmente nas áreas que enfrentam desafios na consolidação dos resultados da redução da pobreza, sendo que as pessoas de baixa renda nas áreas rurais e principais condados deverão receber assistência no seu trabalho de revitalização rural, disse Tong Zhangshun, um oficial do NDRC.

Para este fim, a China irá aderir à abordagem orientada para o mercado, prestando mais atenção em respeitar os desejos dos consumidores e em alavancar o papel das entidades de mercado.

Guo explicou que o NDRC aumentará a orientação para estabelecer empresas e fomentar indústrias de destaque em áreas mais carecidas, e garantirá que o investimento em educação será focado nestas regiões. 

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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