Uso de imagens de satélite de Xinjiang é “absurdo”

Fonte: Diário do Povo Online    30.11.2020 16h36

O uso de imagens de satélite para provar a existência de centros de detenção na Região Autônoma Uigur de Xinjiang é "absurdo" e "enganoso", disse um porta-voz do governo regional no sábado.

Alguns think tanks estrangeiros fizeram deduções sensacionalistas com base em imagens de satélite de Xinjiang, segundo Ilijan Anayt, o porta-voz, durante uma coletiva de imprensa em Urumqi, a capital regional.

Em um relatório intitulado "Documentando o Sistema de Detenção de Xinjiang" pelo Australian Strategic Policy Institute, todos os complexos com paredes externas foram considerados centros de detenção, disse ele.

"Na verdade, são apenas instituições civis", disse Ilijan.

O "centro de detenção" na cidade de Turpan mencionado no relatório é um prédio administrativo local, e os "centros de detenção" na prefeitura de Kashgar são asilos, parques logísticos e prédios de escolas secundárias, disse ele ao apresentar as fotos dos edifícios em questão.

"Os chamados think tanks independentes, como a ASPI, não são centros de pesquisa acadêmica, mas ferramentas anti-China manipuladas pelo governo dos Estados Unidos", disse Ilijan.

Sua "pesquisa" é simplesmente uma fabricação subjetiva repleta de preconceitos e hostilidade. Suas fontes e pistas provêm de ONGs anti-China americanas ou de "evidências de testemunhas oculares" não confirmadas e não rastreáveis, explicou.

"Eles usaram até mapas interativos como imagens de satélite, o que é um tanto absurdo, sendo que o próprio círculo acadêmico australiano considera que esta pesquisa não tem valor acadêmico", disse Ilijan, acrescentando que Xinjiang é aberta, sendo que não há necessidade de aprender sobre a região por meio de imagens .

Durante alguns anos, Xinjiang foi vítima de terrorismo e extremismo religioso. De acordo com estatísticas preliminares, entre 1990 e o final de 2016, separatistas, extremistas religiosos e terroristas conspiraram e realizaram vários milhares de atos de terrorismo, resultando na morte de um grande número de civis inocentes.

Para enfrentar o problema na raiz, Xinjiang criou centros de educação e treinamento vocacional desde 2014, com base na lei, de modo a oferecer programas de desradicalização de pessoas influenciadas pelo extremismo religioso e pelo terrorismo. O governo dos Estados Unidos e alguns meios de comunicação ocidentais começaram a acusar a China de estabelecer um "programa de detenção em larga escala voltado para pessoas de certos grupos étnicos", citando pesquisas de think tanks anti-China.

No sábado, graduados dos centros também refutaram as alegações de que os estagiários são submetidos a lavagem cerebral forçada e trabalho, abuso e até agressão sexual.

O governo regional anunciou em dezembro que todos os estagiários participantes do programa de desradicalização haviam completado a sua formação.

"Meus colegas e eu nunca passamos por coisas assim, nem sequer ouvimos falar disso", disse Mukerem Memet, graduado de um centro da província de Hotan, em resposta a uma pergunta de um repórter que trabalhava para um meio de comunicação estrangeiro. "Essas alegações infundadas, são fabricadas. Se fôssemos torturados mental e fisicamente, como eu poderia me encontrar e falar com você assim hoje?".

Com os conhecimentos de informática aprendidos no centro, Mukerem logo encontrou um emprego após a formatura. Sua família também o considera mais extrovertido do que antes e se sente feliz por ele, disse. 

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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