Eleições nos EUA custarão quase US$ 14 bilhões, mais do que os dois cíclos eleitorais anteriores juntos

Fonte: Xinhua    02.11.2020 09h54

As eleições presidenciais e para o Congresso deste ano nos Estados Unidos custarão quase US$ 14 bilhões, cifra superior ao total gasto nos últimos dois ciclos eleitorais, segundo cálculos recentes da organização Center for Responsive Politics (CRP).

As eleições presidenciais de 3 de novembro custarão mais de US$ 6,6 bilhões, enquanto as doações feitas à campanha para o Congresso superarão os US$ 7,2 bilhões, segundo o CRP.

Até o momento, os democratas gastaram a maior percentagem do total, US$ 6,9 bilhões, em relação aos US$ 3,8 bilhões dos candidatos e grupos republicanos, de acordo com o CRP.

"Os doadores investiram quantidade recorde de dinheiro nas eleições intermediárias de 2018 e parece que em 2020 há uma continuidade dessa tendência, mas ampliada", apontou a diretora executiva do centro, Sheila Krumholz.

O candidato presidencial democrata, Joe Biden, está posicionado para se tornar o primeiro candidato da história a arrecadar US$ 1 bilhão dos doadores, pois, até 14 de outubro, sua campanha já havia recebido um recorde de US$ 938 milhões. Seu oponente republicano, o presidente Donald Trump, arrecadou US$ 596 milhões, segundo as estimativas.

"Há dez anos, falar de um candidato presidencial com US$ 1 bilhão era algo difícil de imaginar. Este ciclo provavelmente veremos dois", indicou Krumholz.

OpenSecrets, que forma parte do CRP, assegurou em um comunicado de imprensa que o fluxo de doações políticas nas semanas anteriores a 3 de novembro foi impulsionado pela luta partidária pela confirmação no Senado da juíza Amy Coney Barrett ao Supremo Tribunal e as "campanhas rigorosamente vigiadas à Casa Branca e ao Senado".

Enquanto o ex-presidente Barack Obama, em uma ligacão para Biden, pediu à mãe de um bebê de oito meses que se disponha a votar nesta que será "uma eleição muito acirrada", Trump assegurou aos doadores republicanos que será difícil que o partido mantenha a maioria do Senado depois das eleições.

Nas eleições de 3 de novembro, além de se escolher o novo presidente do país, renovam-se também os 435 assentos da Câmara dos Representantes e 35 do Senado.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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