A aprovação do governo de Jair Bolsonaro alcançou 40% em setembro, segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Ibope e divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice inverte a tendência de baixa observada até dezembro de 2019, última edição dessa pesquisa.
A aprovação da forma de governar do presidente passou de 41% para 50% e a participação dos brasileiros que dizem confiar em Bolsonaro aumentou de 41% para 46%, enquanto 51% disseram não confiar.
A popularidade do presidente Jair Bolsonaro cresceu mais entre os entrevistados com menos escolaridade.
Entre os que têm até a oitava série da educação básica, o percentual que julga o governo bom ou ótimo subiu de 25% para 44%.
A CNI ressaltou também o aumento da popularidade de Bolsonaro entre a população com renda familiar de até um salário mínimo.
A parcela de pessoas entrevistadas nesse grupo que aprovam o governo aumentou de 19% em dezembro de 2019 para 35%.
Segundo Renato da Fonseca, diretor executivo de economia da CNI, o aumento da popularidade do presidente estaria vinculado à distribuição do auxílio emergencial para as pessoas de baixa renda durante a pandemia do novo coronavírus.
"Aparentemente, o auxílio emergencial desempenhou um papel importante na melhora da avaliação do governo de Jair Bolsonaro, já que reflete o aumento da aprovação de medidas para combater a fome e a pobreza", comentou
Uma variação semelhante ocorreu entre os entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo, os moradores das periferias das capitais e os que vivem nas regiões Sul e Nordeste.
Entre as nove áreas do governo avaliadas, a da segurança pública é a única a ter avaliação positiva de mais da metade dos entrevistados, com 51% declarando ter uma percepção positiva da atuação.
Em todas as outras áreas, a desaprovação é maior do que a aprovação, em especial nas áreas de impostos (67% desaprovam), taxa de juros (64%) e meio ambiente (57%).
Em plena pandemia da COVID-19, a saúde teve desaprovação de 55% e aprovação de 43%.
A pesquisa CNI-Ibope entrevistou 2 mil pessoas em 127 municípios brasileiros, entre 17 e 20 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.