Governo brasileiro prevê queda de 4,7% do PIB este ano

Fonte: Xinhua    16.09.2020 15h34

O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira que projeta uma queda de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e espera uma reação econômica no ano que vem, com um avanço de 3,2%.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou o Boletim Macro Fiscal do país, segundo o qual "a atual estimativa para o PIB de 2020 foi mantida em 4,7% devido à melhora da projeção para o segundo semestre do ano".

Para o terceiro trimestre, espera-se que a indústria, a agropecuária e o comércio liderem a retomada econômica do Brasil. "Na estimativa do quarto trimestre, esperamos que o impulso para a recuperação venha com a retomada mais vigorosa dos demais serviços, que foram duramente afetados pela pandemia", ressaltou o texto.

A economia brasileira recuou 2,5% no primeiro trimestre do ano e no segundo, o PIB caiu 9,7%, o pior resultado trimestral da história do país, devido aos efeitos da pandemia da COVID-19.

Apesar disso, o governo afirmou que os indicadores do segundo trimestre mostram que as consequências da pandemia sobre os efeitos da economia foram "mais intensos em abril, mês no qual foram registradas as queda mais fortes nos níveis de atividade de vários setores".

"Não obstante, esses efeitos já foram parcialmente compensados em maio, junho e julho, com a sinalização de uma recuperação moderada, embora não homogênea. Com isso, apesar da grande incerteza ainda existente no ambiente econômico, a confiança dos empresários e consumidores tem voltado e ampliado as perspectivas de recuperação no segundo semestre de 2020 e nos meses seguintes", acrescentou o boletim.

Segundo o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, o setor de serviços registrou sua maior queda em maio, diferente dos demais setores e, por isso, os serviços mostram "uma retomada um pouco mais lenta, mas, a partir de outubro, virá mais forte".

Para o terceiro trimestre, o governo projeta um recuo do PIB de 4,9% comparado ao mesmo período do ano passado, embora com um avanço de 7,3% com relação ao segundo trimestre.

Já a previsão para a inflação deste ano, que em maio era projetada em 1,6%, passou para 1,83% devido ao impacto da subida nos preços dos alimentos.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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