US criticados por relatório divulgado sobre exército chinês

Fonte: Diário do Povo Online    14.09.2020 10h06

Os Estados Unidos, e não a China, devem ser responsabilizados por desencadear distúrbios e comprometer a ordem e a paz em todo o mundo, disse um porta-voz chinês no domingo, pedindo aos EUA que parem de difamar a política de defesa e os militares da China.

"Nos últimos 20 anos, os EUA lançaram guerras ilegais e operações militares contra o Iraque, Síria, Líbia e outros países, causando mais de 800.000 mortes e dezenas de milhões de civis inocentes perderam seus lares", disse o coronel Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, em nota publicada no site do ministério. "Muitos anos de evidências demonstram que são os Estados Unidos o fomentador da agitação regional, o violador da ordem internacional e o agente destruidor da paz mundial. Este fato é universalmente reconhecido por membros da comunidade internacional".

Em vez de refletir sobre seus próprios crimes, os EUA continuam fazendo declarações falsas sobre o justo desenvolvimento da capacidade de defesa da China e medidas razoáveis destinadas a proteger sua soberania e interesses de segurança, disse ele.

"Instamos os EUA a considerarem a defesa e o reforço militar da China com objetividade e razão, a pararem de fazer declarações e relatórios incorretos e a tomarem medidas concretas para manter um desenvolvimento positivo nas relações entre as duas nações e respetivos exércitos", disse Wu.

Os comentários do porta-voz surgem em resposta ao último relatório dos Estados Unidos sobre a defesa nacional - Desenvolvimentos Militares e de Segurança que Envolvem a República Popular da China em 2020 - divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos neste mês.

Wu disse que o relatório distorce intencionalmente a relação entre o Partido Comunista da China e os militares chineses, deturpa as políticas de defesa e estratégias militares da China, agita as tensões sobre uma suposta ameaça militar da China, espalha informações falsas sobre a defesa e a modernização militar da China e torna infundadas as acusações contra a China por seus gastos com defesa, políticas nucleares e a questão de Taiwan.

"Esta é uma nova evidência de difamação da China e das forças armadas chinesas pelos EUA", disse Wu. "As publicações de tais relatórios nos últimos 20 anos consecutivos nada mais são do que atos hegemônicos e provocatórios que prejudicam as relações entre as duas nações e seus militares."

A China expressa forte indignação e firme oposição a tais atos, e fez representações solenes junto dos EUA, disse.

O porta-voz elaborou que o Exército de Libertação do Povo é uma força militar sob a liderança do PCC, cujo propósito é servir o povo chinês. O Partido fundou e sempre norteou o ELP. O ELP fez enormes sacrifícios e contribuições para a independência e libertação nacional, bem como para o desenvolvimento socioeconômico da nação.

Ele ressaltou que a China segue um caminho de desenvolvimento pacífico, defendendo estratégias militares e de defesa de natureza defensiva. O país desenvolve suas forças armadas apenas para salvaguardar sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, não representando nenhuma ameaça a qualquer outra nação.

As operações das forças armadas chinesas no exterior ajudam a fornecer segurança e oportunidades às nações, em vez de ameaças e desafios. A China sempre foi uma força dedicada a manter a paz mundial, bem como um contribuinte ativo para a manutenção da paz e realização de missões de socorro em desastres em todo o mundo, disse Wu.

Desde a eclosão da pandemia COVID-19, os militares chineses compartilharam sua experiência de combate à pandemia com diversos países, tendo doado inúmeros equipamentos médicos para ajudar na batalha global contra a propagação da doença, acrescentou.

Com relação a Taiwan, Wu disse que é o Partido Democrático Progressista que governa a ilha e as forças estrangeiras anti-China que continuam a alimentar as tensões no Estreito de Taiwan. Ele disse que o ELP está determinado a usar todas as medidas necessárias para impedir ações que interfiram nos assuntos internos da China ou comprometam a paz e a estabilidade no estreito.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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