Oxford interrompe teste da vacina da Covid-19 e teste do Brasil é suspenso

Fonte: Diário do Povo Online    10.09.2020 09h52

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Brasil, afirmou na terça-feira (8) que em seu teste da vacina da Covid-19, desenvolvida pela Oxford, 5.000 voluntários brasileiros não apresentaram uma reação grave às drogas imunológicas.

No entanto, com a suspensão do laboratório AstraZeneca, as pesquisas brasileiras das vacinas desenvolvidas pela Oxford precisaram ser interrompidas.

Segundo o G1, a farmacêutica britânica AstraZeneca afirmou que, devido a uma reação adversa de um voluntário britânico envolvido no teste da vacina, o laboratório anunciou a suspensão das pesquisas da vacina, sem divulgar maiores detalhes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), ambas brasileiras, confirmaram o cancelamento dos testes.

A Unifesp informou num relatório que o estudo no Brasil envolveu 5 mil voluntários e apresentou os avanços esperados. Além disso, muitas pessoas começaram a receber a segunda dose da vacina, sem apresentar nenhum tipo de reação adversa grave.

Segundo a Unifesp, a suspensão do estudo obedece às normas de segurança do acordo de pesquisa de vacinas da Oxford. A agência afirmou que esta é uma prática comum na pesquisa clínica relacionada a medicamentos.

O comitê de supervisão de segurança precisa analisar se uma ocorrência de reação adversa está relacionado à vacina. Após resultados da análise, a vacina precisa retornar à terceira fase do estudo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou que o laboratório notificou os participantes da decisão e suspendeu as pesquisas em todas as regiões. Não foi informado com detalhes o problema apresentado, a Anvisa ainda aguarda maiores informações antes de fazer um comentário formal. A suspensão, no entanto, pode afetar o andamento da pesquisa.

A AstraZeneca afirmou que está trabalhando duro para verificar a causa do incidente e se esforça para minimizar o impacto no período de estudo programado.

A medida da farmacêutica deve impactar o acordo de transferência de tecnologia e produção de vacinas firmado entre a AstraZeneca e o Ministério da Saúde e a Fiocruz. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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