O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira, novamente rejeitou as alegações da mídia de que ele menosprezou o assassinato de membros do serviço militar dos EUA, se referindo a eles como "perdedores" e "otários".

Um artigo publicado no The Atlantic na quinta-feira, citando fontes anônimas, afirmou que Trump fez os comentários quando visitou a França em 2018. O presidente cancelou uma viagem a um cemitério francês onde soldados americanos mortos na Primeira Guerra Mundial estavam enterrados na época.

"Só um animal diria isso", disse Trump em uma entrevista coletiva na Casa Branca, acrescentando que o autor do artigo, Jeffrey Goldberg, editor-chefe do Atlantic, é pró-democrata e tem uma "história tremendamente ruim".

"Ele (Goldberg) inventou a história, é uma história completamente inventada", disse Trump.

Um dia antes, Goldberg disse que o artigo era apenas a ponta do iceberg.

"Eu esperaria que mais reportagens saíssem sobre isso e mais confirmações e novas informações nos próximos dias e semanas", disse Goldberg à CNN no domingo. A CNN confirmou vários aspectos das reportagens do The Atlantic, também com fontes que preferiram permanecer anônimas.

Trump já havia chamado Goldberg de "repulsivo" e pediu a demissão de um repórter da Fox News que também confirmou alguns detalhes do artigo.

A última pesquisa do Military Times, conduzida antes das convenções democrata e do Partido Republicano, bem como do jornal The Atlantic, mostrou um declínio constante na opinião das tropas sobre o comandante-chefe desde sua eleição há quatro anos.

Entre os membros ativos usados ​​na pesquisa, 41 por cento disseram que votariam em Joe Biden, o candidato democrata, enquanto 37 por cento disseram que planejam votar para reeleger Trump.

Em uma pesquisa realizada no início da presidência de Trump, 46 por cento dos soldados tinham uma opinião favorável sobre ele, contra 37 por cento que tinham uma opinião desfavorável, de acordo com um relatório do Military Times.