Cooperação EUA-China no combate à agressão japonesa na Segunda Guerra Mundial "vale a pena lembrar"

Fonte: Xinhua    03.09.2020 13h43

"O que vale a pena lembrar sobre a cooperação EUA-China no combate à agressão japonesa na Segunda Guerra Mundial é que, na época, os interesses dos EUA e da China diferiam, mas ainda assim cooperaram, unidos por um inimigo comum", disse o renomado intelectual público americano Robert Lawrence Kuhn.

Kuhn fez as observações à Xinhua ao responder a uma pergunta sobre o 75º aniversário da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e a Guerra Mundial Antifascista.

"Para a China, a batalha em solo chinês era existencial: seu país invadido, parcialmente ocupado, e sofrendo horrores indescritíveis. Para os EUA, a batalha em solo chinês estava desviando forças e recursos japoneses, reduzindo a capacidade do Japão de travar uma guerra contra a América e os interesses americanos em todo o teatro do Pacífico", disse Kuhn.

"É um momento propício para refletir sobre o passado, a fim de entender melhor o presente e planejar melhor o futuro", acrescentou.

"Tal reflexão parece especialmente relevante hoje porque, infelizmente, os EUA e a China, as duas maiores economias do mundo, mudaram... de colaboradores a concorrentes, e alguns agora chamam os EUA e a China de adversários; descendendo a um jogo hostil, perigoso, de soma zero", acrescentou o especialista.

"Se os inimigos comuns são o que precisamos, os EUA e a China têm inimigos comuns em abundância. Eles não são soldados marchando, mas são tão perigosos e mortais: pandemias, mudanças climáticas, pobreza mundial, desigualdades mundiais, terrorismo, crime organizado, guerras e ameaças de guerra em vários locais", disse Kuhn.

"Dito isso, levando em conta as lições a serem aprendidas com a história, também acredito, em uma posição contrária, que as lições da história têm valor limitado hoje", disse ele.

"Nossa época é única. Por várias razões, especialmente a comunicação global instantânea, nossas condições geopolíticas são sui generis -- únicas, nunca aconteceram antes -- o que nos pede uma pausa para refletir antes de reagirmos", disse Kuhn.

"O fardo cabe a nós, especialmente à liderança nos EUA e na China, encontrar o caminho certo para que os grandes países e os povos possam caminhar em paz e harmonia, com honestidade, dignidade e respeito mútuo", disse.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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