Segue "muito elevada" incerteza sobre perspectiva econômica dos EUA, segundo minutas do Fed

Fonte: Xinhua    21.08.2020 10h32

Washington, 19 ago (Xinhua) -- Funcionários do Federal Reserve dos Estados Unidos acreditam que a incerteza sobre a perspectiva econômica permanece "muito elevada", com o caminho da economia muito dependente do curso do vírus, de acordo com as minutas da mais recente reunião de política do Fed divulgadas na quarta-feira.

"Vários riscos à perspectiva foram observados, incluindo a possibilidade de que surtos adicionais do vírus possam resultar em perturbações econômicas estendidas e um período prolongado da atividade econômica reduzida", disseram as minutas da reunião do banco central americano realizada em 28 e 29 de julho.

Na reunião, o Comitê do Mercado Aberto Federal (FOMC, em inglês), o órgão de estabelecimento de políticas do Fed, manteve sua taxa de juros de referência inalterada no nível recorde de 0% a 0,25% e advertiu que um recente ressurgimento dos casos da COVID-19 no país está começando a afetar a recuperação econômica.

Participantes continuaram julgando que seria apropriado manter essa meta até que estejam confiantes de que a economia tenha resistido os recentes eventos e esteja no caminho de alcançar os objetivos finais de estabilidade de emprego e preços do Comitê, segundo as minutas.

"Os membros concordaram que a atual crise de saúde pública afetará muito a atividade econômica, emprego e inflação a curto prazo e está colocando riscos consideráveis à perspectiva econômica a médio prazo."

As minutas também destacaram a necessidade de uma nova rodada de alívio fiscal, assinalando que "a assistência fiscal adicional seria importamente para apoiar as famílias vulneráveis, e então a economia mais abrangentemente, no futuro".

As negociações entre os líderes democratas e os funcionários da Casa Branca descarrilaram no início deste mês, com os dois lados se acusando de fazer pouco progresso no pacote de alívio necessário.

A economia dos EUA se contraiu a uma taxa anual de 32,9% no segundo trimestre, quando o país lutou contra as consequências dos confinamentos pela COVID-19, o que resultou na maior queda na série, iniciada em 1947. Espera-se um recuperação no terceiro trimestre, mas o recente ressurgimento dos casos da COVID-19, que impediu os esforços de reabertura de alguns estados, pode prejudicar a perspectiva da recuperação econômica.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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