Escolas públicas e particulares de Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas, retomaram nesta segunda-feira suas atividades presenciais, cerca de quatro meses depois da crise sanitária que provocou um colapso no sistema de saúde estadual em consequência da pandemia do novo coronavírus.
Com a abertura de 123 centros de ensino médio em Manaus, o Amazonas se tornou o primeiro estado do Brasil a reabrir as escolas, desde que diversas medidas de distanciamento social, incluindo a suspensão das aulas presenciais, foram tomadas para enfrentar a pandemia.
Cerca de 110 mil estudantes secundários e da modalidade de educação para jovens e adultos voltaram às aulas nesta segunda-feira e se espera que os estudantes da escola primária regressem às escolas em 24 de agosto.
No interior do Amazonas, porém, as aulas continuam sendo realizadas pela televisão e não há planos de retomar o ensino presencial.
Desde junho, o estado amazônico tem mostrado uma queda nos casos de COVID-19, o que levou às autoridades a flexibilizar a quarentena, com a reabertura dos espaços comerciais e de lazer.
Segundo a Secretaria de Educação, o regresso às aulas será gradual e híbrido e com apenas 50% da capacidade. Os estudantes se dividirão em grupos e só assistirão a aulas dois dias por semana, continuando com aulas virtuais nos outros dias.
Nas escolas haverá dispositivos de álcool gel em todas as salas, sabão líquido para lavar as mãos e toalhas de papel.
O plano de prevenção da COVID-19 inclui a distribuição de duas máscaras para cada estudante de um turno e quatro para os de tempo integral. No total, estarão disponíveis um milhão de máscaras.
Segundo o governo estadual, no caso de um professor ou um aluno testar positivo, não voltará á escola, mas não haverá suspensão das aulas.
O regresso às aulas ocorre quatro meses depois do colapso do sistema de saúde e funerário de Manaus, causado pela pandemia que contagiou mais de 106 mil pessoas no estado e causou a morte de outras 2 mil.
Neste fim de semana, o Brasil superou as marcas de 3 milhões de casos confirmados de COVID-19 e de 100 mil mortes provocadas pela doença.