O verdadeiro número de casos de COVID-19 nos Estados Unidos pode ser de 6 a 24 vezes superior ao relatado, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta terça-feira.

No estudo transversal de 16.025 amostras clínicas residuais, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA estimaram que a proporção de pessoas com anticorpos SARS-CoV-2 detectáveis variou de 1% na área da Baía de São Francisco a 6,9% na cidade de Nova York.

O estudo conduziu testes serológicos em uma amostra de conveniência de soros residuais obtidos de pessoas de todas as idades. A coleta foi realizada de 23 de março a 12 de maio, para testes clínicos de rotina por dois laboratórios comerciais.

"Nossos resultados para cada lugar sugerem que o número de infecções foi muito maior do que o número de casos relatados durante o período da pesquisa", apontou o relatório, publicado no JAMA Internal Medicine.

Para a maior parte dos lugares, é provável que a incidência de infecções pelo SARS-CoV-2 tenha sido dez vezes maior do que o número de casos relatados de COVID-19. A maioria das pessoas em cada lugar provavelmente não possuía anticorpos SARS-CoV-2 detectáveis, de acordo com a pesquisa.

Foram estimadas de seis a 24 vezes mais infecções por local com soroprevalência do que com os dados relatados de casos de COVID-19, segundo o estudo.