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EUA pedem à China para encerrar consulado geral em Houston, MRE chinês adverte para medidas retaliatórias

Fonte: Diário do Povo Online    22.07.2020 16h36

Os EUA apresentaram um pedido de encerramento do consulado geral da China em Houston até às 16h de 24 de julho, juntamente com o afastamento do seu staff.

Wang Wenbin, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China confirmou que, no dia 21 de julho, os EUA apresentaram subitamente um pedido de encerramento do consulado geral chinês em Houston.

Segundo o porta-voz, trata-se de uma provocação política iniciada unilateralmente pelos EUA contra a China, infringindo seriamente a lei internacional, as normas básicas das relações internacionais, e os ditames do tratado consular sino-americano. A China condena veementemente a situação e apela aos EUA para revogar, com efeitos imediatos, esta decisão errônea. Se tal não se verificar, a China terá de tomar medidas de resposta, disse.

O governo estadunidense tem vindo a estigmatizar a China por um longo período de tempo, desferindo ataques ao sistema social do país, dificultando injustificadamente a atividade dos quadros diplomáticos e consulares chineses em solo americano, e inclusive intimidando, interrogando e abordando estudantes chineses. Os EUA ordenaram unilateralmente o encerramento do consolado chinês em Houston com um prazo determinado, representando uma afronta sem precedentes dos EUA para com a China.

A China sempre aderiu ao princípio de não interferência nos assuntos internos dos outros países. A infiltração e interferência nos assuntos de outros países nunca fizeram parte da conduta e tradições da diplomacia chinesas. A missão diplomática chinesa nos EUA sempre se comprometeu com a promoção do entendimento mútuo e da amizade entre os povos americano e chinês.

De acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, a China facilitou as operações das agências diplomáticas estadunideses e seu staff na China.

Todavia, os EUA impuseram restrições arbitrárias aos diplomatas chineses no seu território por duas vezes recentemente, em outubro do ano passado e junho deste ano, respetivamente, e procederam, em várias ocasiões, à abertura de malas diplomáticas e apreensão de materiais oficiais chineses.

Devido à estigmatização discricionária e ao incentivo ao ódio por parte dos EUA, a embaixada chinesa nos EUA foi recentemente confrontada com bombas e ameaças de morte dirigidas a agências e quadros diplomáticos chineses nos EUA.

O website da embaixada estadunidense na China publica frequentemente artigos atacando a China.

Por seu turno, os fatos são irrefutáveis no que concerne a quem interfere nos assuntos internos de outros países e a quem realiza atividades de infiltração e de confronto.

Os EUA alegam que as relações EUA-China são desiguais. Trata-se de uma desculpa costumeira infundada dos EUA. De fato, se for tido em conta o número de missões diplomáticas e staff em cada um dos países, a presença dos EUA na China excede, em larga medida, a presença chinesa nos EUA.

Wang deixou o apelo aos EUA para revogarem esta decisão errada. “Se os EUA insistirem em manter esta posição, a China irá definitivamente tomar medidas consentâneas com a situação”, finalizou. 

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