Quatro veículos de comunicação social dos Estados Unidos foram requeridos a declarar à China, em forma escrita, as informações incluindo seu staff, finanças, operações e imóveis no país dentros de sete dias, a partir desta quarta-feira.
De acordo com Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, os quatro veículos estadunidenses são Associated Press, United Press International, Columbia Broadcasting System, e National Public Radio.
Zhao fez as observações numa coletiva de imprensa de rotina na quarta-feira (1º) em resposta ao anúncio feito pelos EUA em 22 de junho, que a Televisão Central da China (CCTV), Diário do Povo, Global Times, e China News Service foram designados como missões estrangeiras nos EUA.
“As medidas acima mencionadas adotadas pela China são inteiramente contramedidas necessárias e recíprocas em resposta à opressão irrazoável levada a cabo pelos EUA contra as filiais desses veículos de mídia da China, ” afirmou Zhao, frisando que as medidas chinesas são apenas uma defesa justificável.
Zhao apontou que nos últimos anos, o governo norte-americano vem impondo restrições injustas nas agências e ao corpo de funcionários da mídia chinesa nos EUA, dificultando propositadamente os seus trabalhos de reportagem normal, as sujeitando à discriminação crescente e opressão motivada pela política.
Em 18 de fevereiro de 2020, os EUA designaram cinco veículos da mídia chinesa, entre eles, a Agência de Notícias Xinhua, Corporação de Distribuição do China Daily, China Global Television Network, Rádio Internacional da China, e o distribuidor do Diário do Povo nos EUA - Hai Tian Development USA, como missões estrangeiras. Em recoprocidade, a China requisitou em 18 de março que as filiais da Voice of America, New York Times, Wall Street Journal, Time, e Washington Post declarem em forma escrita as informações acima referidas.
“O que os EUA fizeram é conduzido pela mentalidade da Guerra Fria e viéis ideológicos. Mancharam seriamente a reputação e a imagem das organizações de mídia chinesas, afetaram seriamente suas operações normais nos Estados Unidos e perturbaram seriamente as pessoas e o intercâmbio cultural entre os dois países ", afirmou Zhao.