Tedros Adhanom, o diretor-geral da OMS, afirmou que o novo coronavírus tende a regredir, mas que a normalidade verificável até ao passado recente não será recuperável. Enquanto se enfrenta a atual pandemia, referiu, é preciso preparar a possível chegada de uma nova. Agora é a oportunidade de lançar as bases para a recuperação dos sistemas de saúde em todo o mundo, incluindo a preparação, prevenção e resposta a patôgenos emergentes, apelou.
No dia 6 de maio, hora local, a OMS realizou uma conferência de imprensa de rotina sobre a Covid-19.
Maria Van Kokhov, diretora técnica do Programa de Emergência da OMS, disse que estava discutindo com as partes concernentes para o envio de uma nova delegação à China, objetivando analisar diferentes animais para compreender melhor a origem do vírus.
Em resposta a um estudo que indica que a França teve o primeiro caso positivo de Covid-19 no dia 27 de dezembro do ano passado, Maria van Kokhov disse que, apesar de poder se tratar de um falso positivo, este caso pode ser importante para rastrear o curso de disseminação do vírus.
Como mais de 100 países e regiões estavam alerta para o vírus da gripe, refere van Kokhov, torna-se possível fazer uma análise mais detalhada ao historial de casos suspeitos em todo o mundo.
Durante uma coletiva de imprensa da OMS de 6 de maio, Tedros Adhanom informou que, desde o início de abril, foi contabilizada uma média de 80,000 novos casos de Covid-19 diariamente.
Embora os números na Europa ocidental estejam decrescendo, na Europa de leste, África, sudeste da Ásia, e nas Américas é mais alto a cada dia, sendo que cada país e região precisa de um plano de contingência adequado à situação local.
A reposição da normalidade deverá ocorrer de forma faseada, defende o líder da OMS, advertindo, porém, que a normalidade que se verificava antes da pandemia não será possível repor.