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10 questões que os EUA têm de responder perante o mundo

Fonte: Diário do Povo Online    01.05.2020 14h31
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1.No que concerne ao reatar da experiência de modificação do vírus da gripe das aves no ano passado, porque não emitem os EUA mais atualizações?

A revista Science publicou em fevereiro de 2019 que as autoridades americanas haviam aprovado a experiência de modificação do vírus da gripe. A investigação, visando transformar o vírus H5N1 ao ponto de ser capaz de infetar mamíferos, foi controversa e considerada extremamente perigosa. Alguns especialistas acreditam que a modificação poderia aumentar o risco de transmissão entre seres humanos.

A questão é porque é que o governo americano decidiu descongelar o experimento 4 anos após ele ter sido suspenso, e porque não existem mais atualizações sobre o processo.

2.O Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército dos Estados Unidos (USAMRIID, na sigla inglesa) foi encerrado. Qual é a verdade por detrás dessa decisão?

A Global Biodefence publicou em abril que o USAMRIID, a principal instituição do exército americano dedicada à pesquisa biológica, sediado em Fort Detrick, Maryland, retomou suas operações. O instituto chegou a receber ordens para suspender o estudo de determinados agentes biológicos e toxinas em julho passado. Em março, houve uma petição endereçada ao website da Casa Branca, exigindo a clarificação do encerramento do USAMRIID. Tendo em consideração que estas questões se tornaram uma preocupação de interesse público, qual é a resposta do governo norte-americano?

3.O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA apresentou um cenário no ano passado semelhante ao do surto de Covid-19. Será isso apenas uma coincidência?

Em março, o New York Times citou um relato obtido do governo americano dizendo que, entre janeiro e agosto de 2019, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos havia concebido um cenário apelidado de “Contágio Carmesim”, o qual simulava um surto fictício envolvendo um grupo de turistas que visitava a China. Eles ficavam depois infetados e voavam para vários países, incluindo os EUA.

Em outubro passado, um exercício pandêmico de alto nível, cuja nomenclatura foi “Event 201” foi organizado por algumas organizações estadunidenses. O exercício simulou um cenário em que um vírus fictício chamado CAPS, causando sintomas mais severos que o SARS, com transmissão via trato respiratório, como a gripe comum, causava uma pandemia. Tal como a Covid-19, não existia vacina para o CAPS.

Devido ao fato de que o vírus simulado era tão parecido com a Covid-19, será isto apenas uma coincidência? Outra questão que se impõe é, porque é que não foram tomadas medidas preventivas suficientes no estágio inicial do surto de coronavírus, uma vez que os EUA previram uma pandemia similar?

4.Oficiais de inteligência americanos avisaram sobre uma crise de coronavírus em novembro passado. Porque foi este aviso ignorado?

Em abril, de acordo com a American Broadcasting Corporation (ABC), foi dito que, no final de novembro de 2019, oficiais de inteligência americana avisaram a Agência de Inteligência de Defesa, o Pentágono e a Casa Branca que uma doença infeciosa estava assolando Wuhan, na China.

Em novembro passado, o Centro Nacional para a Inteligência Médica dos EUA (NCMI, na sigla inglesa), emitiu um relatório detalhando a pandemia do coronavírus, a qual viria a ser definida como “Covid-19”. Alguns analistas acreditaram que o surto em Wuhan poderia evoluir para um evento catastrófico. De acordo com o Washington Post, em pouco mais de 2 meses, entre janeiro e fevereiro, Trump recebeu avisos incessantes por parte das agências de inteligência sobre o coronavírus. Porque é que o governo estadunidense não declarou “emergência nacional” até 13 de março?

5.Entre as mortes por gripe detetadas em território nacional, podem os EUA clarificar quantos casos padeciam efetivamente de Covid-19?

A Asahi Television do Japão relatou no dia 21 de fevereiro que 14,000 pessoas que morreram alegadamente de gripe nos EUA, terão, na verdade, perdido a vida devido ao coronavírus, tendo se tornado um tópico amplamente discutido.

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA emitiu um relatório no final de fevereiro, demonstrando que houve, pelo menos, 32 milhões de doenças relacionadas com a gripe nos EUA nesse inverno.  

No dia 11 de março, na Casa dos Representantes, Robert Redfield, o diretor do CDC estadunidense, admitiu que algumas pessoas nos EUA, que se havia imaginado que morreram de gripe, poderão ter sido infetadas com o novo coronavírus.  

Entre as mortes por gripe nos EUA, quantos casos eram de infetados com Covid-19? O governo americano escondeu a propagação do coronavírus rotulando-o de gripe? Quando é que o governo americano vai tornar públicas as amostras do vírus da gripe dos EUA e a sua sequência genética? Ou permitir que especialistas da OMS ou das Nações Unidas analisem os dados?


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