Em entrevista exclusiva à Xinhua, o representante da OMS na China, o Dr. Gauden Galea, disse no dia 5 que a OMS compreende que a China está levando a cabo uma série de estudos nos animais onde potencialmente surgiu o novo coronavírus.
Galea disse em fevereiro passado que a WHO e a China haviam identificado os animais como alvos de pesquisa para averiguar a origem do novo coronavírus. A pesquisa da China no setor é crucial para prevenir surtos semelhantes no futuro.
A OMS anunciou no dia 1 que o seu comitê de emergência havia concordado que a atual epidemia do novo coronavírus constitui ainda uma “emergência de interesse público internacional”, tendo recomendado a cooperação com a Organização Mundial da Saúde Animal e com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura para identificar o animal de onde origina o novo coronavírus.
De acordo com as declarações de Galea, todas as evidências apontam para que o vírus origine da natureza, não tendo sido manipulado ou sintetizado pelo homem. “Muitos investigadores estão já estudando as características do genoma do vírus, tendo encontrado provas de que o vírus não tem origem laboratorial”.
Ele constatou ainda que a OMS está disponível para participar, sob convite do governo chinês, na pesquisa sobre fonte animal de onde possa ter originado o novo coronavírus.
Em resposta ao questionamento de alguns países que questionam a omissão da situação da epidemia por parte da China, Galea disse que, desde 3 de janeiro, a OMS e a China vem a continuar a tratar de questões como a gravidade da epidemia, dinâmicas de transmissão, possibilidade de transmissão interpessoal contínua, atuação clínica e eficência de tratamentos.
“Isto inclui marcos importantes na luta contra a Covid-19, como a identificação precoce do vírus e de sua sequência genética a 12 de janeiro”, disse Galea. A OMS referiu repetidamente que o curto espaço de tempo que a China levou a determinar a sequência genética do vírus foi recorde.
Galea avalia positivamente os esforços da China no desenvolvimento de novas vacinas contra o vírus e terapias eficientes, bem como os esforços envidados pela China no desenvolvimento de tecnologias e equipamentos para países com carência de materiais para enfrentar o vírus.
No presente, a China superou o período mais difícil da luta contra o novo coronavírus, mas a tarefa de manter os resultados de controle e prevenção para garantir que não ocorre uma segunda vaga é hercúlia. Gao Li disse que a OMS irá continuar a cooperar com a China para assegurar que outras questões do âmbito da saúde, incluindo rotinas de vacinação e cuidados para doenças crônicas serão devidamente implementados.
