Rio de Janeiro, 5 mai (Xinhua) -- O número de óbitos causados pela doença do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil chegou a 7.921, enquanto o total de casos confirmados subiu a 114.715, segundo o balanço oficial divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.

O total de mortes contabilizadas nas últimas 24 horas chegou a 600, um aumento de 8% e recorde para um único dia desde o início da pandemia no país.

"Destes 600 óbitos, 25 (pessoas) evoluíram para o óbito no dia de hoje, ou seja, morreram hoje. Cinquenta e um morreram ontem. Não são 600 óbitos que aconteceram nas últimas 24 horas. Algumas já tinham falecido lamentavelmente em decorrência do coronavírus e estavam em investigação", disse o secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

O número de casos positivos registrados nas últimas 24 horas alcançou 6.935 , um aumento de 6% em comparação com o balanço divulgado na segunda-feira.

Outras 1.579 mortes estão sendo investigadas por suspeita da Covid-19 e 48.221 pessoas se recuperaram após contrair a doença.

Epicentro da COVID-19 no Brasil, o estado de São Paulo (sudeste) registrou até terça-feira 2.851 óbitos e 34.053 casos positivos, seguido pelo Rio de Janeiro (sudeste), com 1.123 óbitos e 12.391 casos confirmados, e Ceará (nordeste), com 795 mortes e 11.470 infectados.

Apesar do crescimento expressivo dos números da epidemia, Oliveira admitiu que ainda não há informações disponíveis para afirmar quando, efetivamente, ocorrerá o pico dos casos de contaminação e mortes pela Covid-19 nos cinco estados mais afetados pela doença no País: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Amazonas.

O secretário de Vigilância em Saúde explicou que a curva de crescimento de casos aponta que o comportamento do vírus tem variado entre esses estados e que a única informação que pode garantir hoje é que o período mais crítico da doença será conhecido entre maio, junho e julho.