Banco Mundial prevê "declínio mais acentuado" de remessas na história recente devido a Covid-19

Fonte: Xinhua    23.04.2020 10h23

Washington, 22 abr (Xinhua) -- As remessas globais devem cair até 20% este ano devido à crise econômica gerada pela Covid-19, previu na quarta-feira o Grupo do Banco Mundial.

A queda prevista, que seria o "maior declínio" na história recente, deve-se em grande parte a uma redução nos salários e no emprego dos trabalhadores migrantes, que tendem a ser mais vulneráveis à perda de salários e ao desemprego durante uma crise econômica em seus países, avaliou o Grupo do Banco Mundial em um comunicado.

Prevê-se que as remessas para países de baixa e média renda caiam 19,7%, para US$ 445 bilhões, representando a perda de uma linha crucial de financiamento para muitas famílias vulneráveis, segundo o comunicado.

"As remessas são uma fonte vital de renda para os países em desenvolvimento", destacou o presidente do Grupo do Banco Mundial, David Malpass, observando que as remessas ajudam as famílias a pagar alimentos, cuidados de saúde e necessidades básicas.

Malpass disse que "a recessão econômica em curso causada pela Covid-19 está afetando severamente a capacidade para enviar dinheiro para casa e torna ainda mais vital que reduzamos o tempo de recuperação para as economias avançadas".

"Enquanto o Grupo do Banco Mundial implementa ações rápidas e amplas para apoiar os países, estamos trabalhando para manter abertos os canais de remessa e salvaguardar o acesso das comunidades mais pobres a essas necessidades básicas", afirmou o presidente.

Os fluxos de remessas devem cair em todas as regiões do Grupo do Banco Mundial, principalmente na Europa e Ásia Central (27,5%), seguidas pela África Subsaariana (23,1%), Sul da Ásia (22,1%), Oriente Médio e Norte da África ( 19,6%), América Latina e Caribe (19,3%) e Leste Asiático e Pacífico (13%).

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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