A China adicionou 2,29 milhões de empregos urbanos no primeiro trimestre, quando o surto do novo coronavírus levou a um período de quarentena domiciliar, congelando o mercado laboral.
Tal situação levou à diminuição de cerca de 950.000 empregos face ao mesmo período do ano passado, disse Lu Aihong, porta-voz do Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social.
Ele disse em uma entrevista coletiva que a taxa de desemprego urbano registrada em todo o país, com base no número de pessoas que pediram apoios sociais, foi de 3,66% até o final de março, enquanto a taxa de desemprego urbano, com base em sondagens foi de 5,9%.
Os números trimestrais foram publicados quando as autoridades centrais ordenaram políticas contundentes para proteger empregos e estabelecer redes de segurança para os grupos mais vulneráveis.
Zhang Ying, chefe da divisão de promoção do emprego do ministério em pauta, disse que os novos números ressaltam a "seriedade" das condições de emprego, mas acrescentou que uma série de medidas foram adotadas para reduzir o impacto da epidemia no mercado de trabalho.
Ela disse que o ministério ajudou mais de 10.000 empresas-chave e locais a recrutar cerca de 500.000 pessoas para produzir suprimentos médicos cruciais como parte dos esforços para reduzir o desemprego.
O ministério auxiliou também 5,9 milhões de trabalhadores migrantes a se deslocarem a fábricas urbanas por meio de um programa de transporte "ponto a ponto" para os levar de volta aos empregos nas cidades, através de trens ou ônibus fretados para evitar infeções durante as viagens.
O programa faz parte de um esforço mais amplo para ajudar as fábricas a retomar a produção, à medida que o surto diminui internamente, e constitui um movimento significativo para ajudar a eliminar a pobreza rural até o final do ano.
Segundo o ministério, cerca de 23 milhões de trabalhadores migrantes chegaram a seus postos em 10 de abril, respondendo por 86% da contagem do ano passado.
Além disso, centenas de bilhões de yuans foram remetidos ou distribuídos para mitigar o impacto econômico sofrido pelas pequenas empresas.