Comentário: pesquisa do novo coronavírus deve ser baseada na ciência

Fonte: Diário do Povo Online    23.04.2020 13h55

A pesquisa do novo coronavírus é uma questão séria e, como tal, deve ser levada a cabo por pesquisadores com base na ciência.

No dia 21 de abril, em resposta a alguns dos recentes mitos sobre a origem do novo coronavírus circulando na mídia e nas redes sociais, um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que todas as evidências apontam que o novo coronavírus não deriva da intervenção humana ou da manipulação laboratorial. A OMS é apologista do contributo de investigadores dos vários países na determinação da fonte do novo coronavírus. Esta postura respeita a ciência e favorece a clarificação de falácias. É uma resposta ao fabrico de teorias da conspiração por todo o mundo e conduz a comunidade internacional a um consenso.

É crucial determinar a origem do novo coronavírus, mas as questões científicas devem ser confiadas à ciência, tal como as questões profissionais requerem opiniões profissionais. No dia 19 de fevereiro, 27 especialistas médicos de 8 diferentes países emitiram um comunicado conjunto na revista médica “The Lancet”, constatando: “Cientistas de todo o mundo analisaram o genoma do SARS-CoV-2 e publicaram o resultado. A pesquisa comprova que o coronavírus, tal como vários outros novos patôgenos, origina de animais selvagens. Tais conclusões foram corroboradas pela comunidade científica”.

Foi também publicado um artigo na revista Nature para enfatizar que as provas científicas revelam que o novo coronavírus e a doença por ele causada é um produto da evolução natural, não se tratando de um produto laboratorial. Emmanuel Andre, um virologista belga afirma que “a comunidade científica internacional deve manter o profissionalismo, usando métodos científicos no rastreamento do vírus e na garantia da prevenção epidemiológica para conter este inimigo comum da humanidade.

O vírus não conhece fronteiras e não faz distinção de raças. A China, tal como outros países no mundo, é uma vítima da pandemia. Ao longo da resposta a esta crise de saúde pública, a urgência e importância de construir uma comunidade de destino comum tornou-se ainda mais urgente. As falácias e teorias da conspiração que acompanham a epidemia global, não só não são benéficas para esta luta, como alimentam a desconfiança e corrompem os esforços conjuntos.

A difusão de teorias da conspiração, artifícios que usam a pandemia para estigmatizar outros países, e posições que desacreditem os fatos são, essencialmente, anti-científicos. A politização de crises de saúde pública deve ser ativamente combatida. O uso da ciência para combater a ignorância, da verdade para esmagar os rumores, da cooperação para eliminar o preconceito e a luta coletiva são a atitude correta para debelar esta pandemia.

O presidente Xi Jinping afirmou: “O que a comunidade internacional mais necessita é de uma confiança firme, esforços concertados, uma resposta unida e o fortalecimento da cooperação internacional, formando uma frente unida para superar a epidemia”. Ao adotarmos o espírito científico, pugnarmos pela unidade, assegurando que todos estamos no mesmo barco, com certeza, superaremos a epidemia e poderemos aspirar a um melhor desenvolvimento humano no amanhã.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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