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Imprensa dos EUA examina erros do país durante primeiros 70 dias do surto de coronavírus

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Fonte: Diário do Povo Online    17.04.2020 17h04
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Dentro de dias, havia novas causas de alarme.

Em 21 de janeiro, um homem de Seattle que havia viajado recentemente para Wuhan testou positivo para o coronavírus, tornando-se a primeira infeção conhecida em solo americano.

Foi também então que as autoridades americanas começaram a enfrentar falhas nos seus próprios esforços de resposta.

Azar, que havia ocupado cargos de alto escalão no HHS ao longo de crises, incluindo os ataques terroristas de 11 de setembro e o surto de gripe aviária em 2005, estava intimamente familiarizado com o manual para o gerenciamento deste tipo de ocasiões.

Ele instruiu os subordinados a agir rapidamente para estabelecer um sistema de vigilância nacional para rastrear a disseminação do coronavírus - uma versão aprimorada do que o CDC faz todos os anos para monitorar novas vagas da gripe comum.

Mas isso exigiria ativos que iludissem as autoridades americanas por meses - um teste de diagnóstico que pudesse identificar com precisão os infectados pelo novo vírus e ser produzido em larga escala para rápida implantação nos Estados Unidos e dinheiro para sua implementação.

Não há indicação de que as autoridades tenham procurado escalar o assunto ou requisitarem a intervenção de Trump.

O CDC emitiu seu primeiro alerta público sobre o coronavírus em 8 de janeiro, e no dia 17 estava monitorando os principais aeroportos de Los Angeles, São Francisco e Nova York, onde um grande número de passageiros chegava todos os dias da China.

Trump estava fora do país nessa fase crítica, participando do fórum econômico global anual em Davos, na Suíça. Ele estava acompanhado por um contingente de autoridades, incluindo o consultor de segurança nacional Robert O'Brien, que recebeu uma ligação transatlântica de um ansioso Azar.

Azar disse a O'Brien que estava um "caos" na Casa Branca, com funcionários do HHS sendo pressionados a fornecer briefings quase idênticos para três audiências no mesmo dia.

Azar pediu a O'Brien que o NSC afirmasse o controle de um assunto com possíveis implicações para viagens aéreas, autoridades de imigração, Departamento de Estado e Pentágono. O'Brien pareceu entender a urgência e colocou seu vice, Matthew Pottinger, que havia trabalhado na China como jornalista do Wall Street Journal, encarregado de coordenar a resposta ainda incipiente dos EUA.

Mas a crescente ansiedade dentro do governo parecia não melindrar o presidente. Em 22 de janeiro, Trump recebeu sua primeira pergunta sobre o coronavírus em uma entrevista na CNBC enquanto estava em Davos. Questionado se estava preocupado com uma possível pandemia, Trump disse: “De modo nenhum. Nós temos isso totalmente sob controle. É uma pessoa que vem da China. . . Vai ficar tudo bem".


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