O primeiro-ministro Li Keqiang deixou na terça-feira o apelo para um maior progresso à integração econômica regional entre a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla inglesa) e a China, Japão e Coréia do Sul, de modo a permitir uma maior abertura dos mercados e estabilizar a indústria e cadeias de fornecimento.

Ele proferiu tais comentários em um discurso durante um encontro especial de líderes da ASEAN e das três nações suprarreferidas para abordar respostas conjuntas à pandemia de Covid-19. O encontro teve lugar por vídeo-conferência.

O primeiro-ministro ressaltou que a ASEAN e os 3 países devem reduzir ou suspender as tarifas, eliminando barreiras para abrir os mercados e restaurar o crescimento econômico.

Li disse que a China está recetiva à proposta do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, da criação de uma instituição de recuperação da Covid-19, com uma capitalização inicial de US$5 bilhões.

A China vai fornecer 100 milhões de máscaras faciais, 10 milhões de fatos protetores e outros suprimentos médicos urgentemente necessários aos países da ASEAN via canais comerciais, afirmou.

O primeiro-ministro apelou a mais esforços para facilitar os intercâmbios urgentemente necessários nos setores do comércio, logística, produção e serviços tecnológicos entre os países, e disse que a Parceria Econômica Integral Regional (RCEP, sigla inglesa) deve ser assinada conforme o previsto.

Os 16 países da RCEP delinearam o objetivo da assinatura do pacto, o qual poderá se tornar o maior acordo comercial do mundo, pelo final do ano.

Li destacou a necessidade de um sentido de comunidade mais forte com um futuro compartilhado entre os países durante a pandemia.

Os países devem envidar de todos os esforços para incrementar a cooperação no controle da epidemia e no melhoramento dos níveis de saúde pública, disse.

A coordenação na saúde, alfândegas, transporte e imigração destes países deve ser alavancada para criar sinergias em prol do interesse comum, afirmou.

É também importante que os países partilhem experiências no tratamento e diagnóstico, trabalhem em conjunto na investigação e desenvolvimento de vacinas e facilitem o desenvolvimento comercial de suprimentos médicos, segundo Li.

A cooperação e coordenação com a OMS tem de ser aprofundada, acrescentou.

Os líderes que participaram no encontro concordaram que o financiamento será realocado do Fundo de Cooperação ASEAN Plus China e do Fundo de Cooperação ASEAN Plus Três para estabelecer um fundo de resposta especial para apoiar os países da ASEAN na contenção do surto.

O encontro também sinalizou a recetividade para o financiamento de instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial, o Banco Asiático de Desenvolvimento e o Banco Asiático de Desenvolvimento em Infraestruturas, para conter o surto e seus potenciais riscos.

A China está negociando com a República da Coreia e Singapura sobre a adoção de medidas efetivas para permitir o fluxo de bens e pessoas sem comprometer os esforços de contenção, concluiu.