O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse na segunda-feira que os EUA estão sendo imorais e irresponsáveis ao “espalharem mentiras”, após um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA ter acusado as autoridades chinesas de “abuso e maus tratos aos africanos a viver e trabalhar na China”.
“Não descriminamos contra os nossos irmãos africanos”, disse Zhao, acrescentando que a província de Guangdong tomou um conjunto de medidas para responder às preocupações dos africanos a residir na região.
Ele disse acreditar que esta questão será adequadamente resolvida com esforços dos lados chinês e africano e urgiu os EUA a focarem seus esforços na contenção do surto do novo coronavírus.
Ele disse que qualquer tentativa de semear a discórdia entre a China e os países africanos não terá sucesso.
A China trata todos os estrangeiros por igual e é contra qualquer tipo de tratamento discriminatório contra determinados grupos de pessoas. Não toleramos a discriminação, disse Zhao em um comunicado publicado no domingo à noite.
Desde o início do surto, as autoridades da província de Guangdong atribuíram grande importância ao tratamento médico de todos os casos confirmados estrangeiros, incluindo de africanos, disse Zhao.
O MRE continuará a manter o contato estreito com as autoridades de Guangdong para responder às preocupações dos residentes de África.
“O povo chinês vê os povos africanos como parceiros e como irmãos nos bons e nos maus momentos... Os amigos africanos podem contar com um a receção justa, cordial e amigável na China”, disse Zhao.
Zhao disse ainda que a China entregou ainda uma grande quantidade de suprimentos médicos à União Africana e aos países africanos para conter a Covid-19, incluindo kits de teste, máscaras faciais, roupas protetoras, viseiras e ventiladores.
A China irá continuar a apoiar os países africanos no melhor da sua capacidade, afirmou.
O país enfrenta atualmente uma grande quantidade de casos importados de Covid-19, disse Zhao, aproveitando para reiterar o desejo de trabalhar com os países africanos pela via do “entendimento e apoio mútuos e cooperação” para conter a propagação do vírus.
Yang Rihua, vice-chefe do departamento de segurança pública de Guangdong, disse durante uma coletiva de imprensa no domingo que 117,000 estrangeiros vivem na província.
Destes, 60,800 são da Ásia, 28,900 das Américas, 15,700 da Europa, mais de 6,700 da África e 4,700 da Oceânia, de acordo com Yang.
Todos os estrangeiros em Guangdong devem respeitar a lei e cooperar ativamente com as autoridades nos seus esforços de controlo da doença, finalizou.