Comentário: o preconceito também é um vírus

Fonte: Diário do Povo Online    11.02.2020 15h35

Diário do Povo

A China e o mundo lutam de mãos dadas contra o surto do novo coronavírus, criando um movimento de solidariedade notável. No entanto, apesar do momento crítico, alguns políticos americanos têm, lamentavelmente, atacado a China, promovendo um espetáculo político sem fundamento. Eles atacam o sistema chinês, intrometem-se nas relações da China com outros países, testam os limites da moralidade e do civismo, criando preconceitos ideológicos com base numa mentalidade de Guerra Fria, altamente prejudiciais à normalidade das relações internacionais.

Mesmo após todos os esforços levados a cabo pela China, após todos os elogios que têm sido dirigidos ao país, há ainda políticos que escolhem conscientemente promover esquemas políticos de soma zero. Nos últimos dias, têm abundado todo o tipo de comentários infundados e acusatórios, a despeito da China lutar incansavelmente para salvar vidas e garantir a segurança da sua população. Para estas individualidades, “as perdas da China são o ganho da América”, evidenciando uma falta de escrúpulos e de humanismo preocupantes.

A paranoia de alguns políticos americanos prende-se com o medo de não conseguirem travar o desenvolvimento econômico-social e a prosperidade e força da China. Os marcos históricos alcançados pelo povo chinês, sob a liderança do Partido Comunista da China (PCCh) é, segundo estas pessoas, uma ameaça para os EUA. As ameaças e acusações irracionais destas pessoas não poderão tornar-se parte da opinião pública. A comunidade internacional reconhece sem reservas que, ao longo das últimas décadas, a China retirou 800 milhões de pessoas da pobreza, e 400 milhões passaram a fazer parte da classe média, conferindo inúmeras oportunidades de desenvolvimento ao mundo.

Os esforços promovidos pelo PCCh têm merecido diversos comentários laudatórios em todo o mundo pela forma célere e eficiente com que hospitais e medidas de quarentena, controlo e prevenção têm sido aplicados não só em Wuhan, o epicentro, mas em todo o país.

É ridículo que alguns políticos nos EUA, numa altura em que é necessário união para combater uma ameaça comum, alimentem preconceitos e, pior, o “vírus ideológico da guerra fria”.

Com a chegada deste infortúnio, há quem se preocupe antes em manifestar que a “China se tornou o principal oponente geopolítico dos EUA”, fazendo uso da epidemia do coronavírus para semear a discórdia entre os países vizinhos da China. Surgiram até teorias de que a China pretendia ajudar a criar um banco de dados genéticos em África, visando recolher as informações aí obtidas para proveito próprio. O bom senso e a verdade, felizmente, acabam sempre por prevalecer, sendo que aquilo que se semeia hoje está fadado a ser colhido mais tarde. O mundo deve ser consciente e manter-se desperto face ao preconceito ideológico e mentalidades de guerra fria destinadas a comprometer a estabilidade das relações internacionais.

Perante o sofrimento e dilema enfrentados pela China, o mundo escolheu o caminho da condolência e da solidariedade, permanecendo firmemente do lado da China. É essa interdependência e entreajuda entre seres humanos que se traduz no sucesso do combate a todo o tipo de ameaças, como a epidemia que hoje originou na China e, mais tarde, poderá originar em qualquer outro sítio.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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