Vice-presidente do Brasil destaca importância da China como parceiro "estratégico"

Fonte: Xinhua    08.04.2019 09h28

Rio de Janeiro, 6 abr (Xinhua) -- O vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, afirmou que a China é um parceiro importante para o país, destacando que a capacidade do investimentos do país asiático deve ser utilizada de maneira melhor, principalmente em infraestrutura, e ressaltando que a China "está voltando a ser o principal motor econômico do mundo".

Em entrevista concedida em Boston (EUA) onde participará da Brazil Conference, evento organizada pela Universidade Harvard e pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), e publicada este sábado pelo jornal Folha de São Paulo, o general Mourão assegurou que "a China não é uma ameaça estratégica para o Brasil, é um parceiro estratégico".

"A China importa entre 32% e 33% do que exportamos. É um parceiro comercial forte, e tem uma capacidade de investimento grande que temos que utilizar melhor. Nós temos é que melhorar o que a gente está mandando para a China, mandar mais coisas com valor agregado. A China está voltando a ser o principal motor econômico do mundo, destacou o vice-presidente.

Segundo Mourão, o governo brasileiro tem interesse em que a China invista no país em infraestrutura por "benefício mútuo. A China quer nossos produtos, nós necessitamos de ferrovias, portos e rodovias que facilitem o transporte desses produtos em melhores condições. Essa é a grande troca que nós temos que fazer com eles".

O vice-presidente ressaltou a importância que a China tem para a economia brasileira. "Outro dia, o próprio chanceler, Ernesto Araújo, em audiência no Senado, deixou clara a nossa parceria estratégica com a China. Não temos como fugir disso, é nosso maior cliente e a China ultrapassará todo o mundo. Em alguns anos, mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) mundial será da China", afirmou.

Durante a entrevista, Mourão, um general da reserva do Exército brasileiro, assegurou que o governo de Jair Bolsonaro não pretende vetar investimentos da multinacional de telecomunicações chinesa Huawei, tal como fizeram alguns países. "Não há restrição nenhuma (à Huawei)", disse Mourão.

(Web editor: 张睿, editor)

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