Kabul, 25 out (Xinhua) -- O grupo Talibã, que luta contra as forças do governo para recuperar o poder e reimpor seu governo de mão de ferro no Afeganistão, ao contrário das expectativas, minimizou a nova estratégia dos EUA e pressionou a guerra a fim de expulsar as Forças de coalizão lideradas pelos EUA implantadas no país atingido pela guerra.
O grupo militante armado que descartou a nova estratégia norte-americana no Afeganistão como belicista e prometeu continuar a Jihad ou a chamada guerra santa, lançou uma série de ofensivas mortais em Cabul e em outras cidades na semana passada, matando mais de 100 pessoas, incluindo pessoal de segurança e ferindo mais de 200.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua estratégia sobre o Afeganistão anunciada em agosto, além de ter chamado o Talibã de grupo terrorista e jurado mirar nos militantes e seus apoiadores, também prometeu aumentar o número das tropas no país.
Os militantes do Talibã aumentaram as atividades desde a inauguração da nova estratégia dos EUA no Afeganistão. Apenas na semana passada, eles atacaram alvos de alto perfil, incluindo um centro policial e as bases do exército na capital da cidade de Cabul, bem como nas províncias de Ghazni e Kandahar.
Nas últimas ondas de confrontos mortais, os militantes talibãs organizaram uma investida suicida contra um ônibus da Academia Militar Marshal Fahim do colégio militar nacional em Cabul no sábado, matando pelo menos 15 cadetes e ferindo outros quatro.
O grupo do Talibã, que reivindicou a responsabilidade pelo ataque mortal, já havia atacado a sede da polícia na capital provinciana do leste de Paktia, Gardez, na terça-feira e um campo militar no distrito de Maywand, na província de Kandahar, na quinta-feira, deixando mortos entre o pessoal de segurança.
Os observadores afegãos acreditam que o aumento das atividades do Talibã e seus alvos de alto perfil, na sequência da nova estratégia de Washington sobre o Afeganistão, demonstram virtualmente a determinação da luta armada no país.
"De fato, o recente aumento dos ataques mortais do Talibã revela a força do grupo armado na guerra contra o governo afegão e as forças da coalizão lideradas pelos EUA implementadas no Afeganistão," disse recentemente o analista político, Khan Mohammad Daneshjo, à Xinhua.
Daneshjo, editor-chefe do semanário Abbadi, também acreditava que os "militantes do Talibã e seus simpatizantes diminuíram a nova estratégia dos EUA no Afeganistão, aumentando os ataques mortais e dando a mensagem de que eles têm a capacidade de continuar a guerra".
Ecoando Daneshjo, outro analista, Nazari Pariani, editor-chefe do jornal líder Daily Mandegar, disse que "os lutadores do Talibã ao aumentar os ataques querem demonstrar seu poder e dar a mensagem de que o grupo se quiser é capaz de atacar qualquer alvo a qualquer momento".
No entanto, ele era da opinião de que "Má gestão no aparato de segurança e desarmonia entre aqueles no comando dos assuntos também abriu o caminho para os militantes" para realizar ataques mortais no resto do país.
