China proíbe importação de “lixo estrangeiro”

Fonte: Diário do Povo Online    25.10.2017 11h12

Por Huang Fahong, Sun Xiuyan, Diário do Povo

As campanhas lançadas pela China contra a importação de “lixo estrangeiro” prenderam recentemente a atenção do público. Segundo alguns meios de comunicação ocidentais, o rendimento e o emprego de alguns países poderão ser negativamente influenciados pela recente política. Ao mesmo tempo, as medidas tomadas pelo governo chinês têm recebido total apoio do povo.

Foi lançada este ano pela Administração Geral das Alfândegas da China a campanha de “Espada Nacional 2017”, destinada a impedir a entrada de lixo sólido, sobretudo resíduos provenientes da produção industrial, lixo electrônico, plásticos, entre outros. Entre janeiro e julho deste ano, os departamentos anti-contrabando investigaram 146 casos criminais, envolvendo mais de 260 mil toneladas de resíduos.

Em julho, o governo chinês divulgou um plano sobre a gestão de importação de resíduos sólidos, declarando que, até ao final de 2017, o país proibirá as importações de 24 tipos de resíduos sólidos, incluindo plásticos, aparas de papel, tecidos descartados, vanádio e outros tipos de resíduos, notificando a Organização Mundial do Comércio (OMC).

No ano passado, o país recebeu 1,32 milhões de toneladas de resíduos de papel, o equivalente a 1,9 bilhões de dólares, e 1,42 milhões de toneladas de plástico, no valor de 495 milhões de dólares.

Cerca de 155 mil empregos dependem da exportação de lixos para o país asiático. A Europa e o Japão são os principais exportadores de resíduos de plásticos e de papel para a China.

O Diário do Povo apontou, em uma reportagem, que a suspensão de importação de resíduos sólidos mostra a determinação do governo em defender o ambiente ecológico e salvaguardar os direitos e a saúde do povo chinês.

De acordo com Liu Jianguo, professor do Departamento do Ambiente da Universidade de Tsinghua, a proibição da entrada de lixo estrangeiro é parte da reforma do lado da oferta, controlando a qualidade das matérias-primas e elevando o nível da indústria, por forma a eliminar a capacidade desatualizada de indústrias inferiores.

O relatório do 19º Congresso Nacional do PCCh destacou que é necessário acelerar a reforma institucional da ecocivilização para construir uma China bela, e estabelecer um sistema de tratamento ambiental em que o governo exerça a função dominante, as empresas atuem como agentes principais, e as organizações sociais e o público participem conjuntamente, de modo a devolver à Natureza a sua tranquilidade, harmonia e beleza. 

(Web editor: 张睿, editor)

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