Beijing, 19 jul (Xinhua) -- O mercado imobiliário da China continuou a mostrar sinais de desaquecimento tendo em vista que os preços diminuíram ou registraram um crescimento menos rápido nas principais cidades, em meio a medidas rigorosas do governo contra as especulações no mercado, mostraram os dados nesta terça-feira.
Os preços das casas novas continuaram a subir anualmente nas 70 cidades pesquisadas em junho, mas o ritmo de crescimento desacelerou em 15 grandes cidades em comparação ao mês anterior, disse o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).
Os aumentos médios de preços para novas casas desaceleraram por nove meses consecutivos em Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen, enquanto em cidades de segunda escalão os preços estão diminuindo há sete meses consecutivos.
Os preços das casas usadas também registraram um crescimento anual mais lento em junho em relação ao mês anterior.
No âmbito mensal, os preços das casas novas caíram ou permaneceram estáveis em nove cidades, de acordo com os dados do DNE.
Isso ocorreu depois que os dados mostraram que o crescimento do investimento em desenvolvimento imobiliário ainda desacelerou no primeiro semestre do ano.
O porta-voz do DNE, Xing Zhihong, disse que a atual regulamentação do mercado imobiliário se concentrou em aliviar os aumentos dos preços das casas em grandes cidades enquanto diminui o excesso de oferta nas cidades menores.
Xing acredita em uma desaceleração do investimento em propriedades neste ano.
Os dados reforçam a evidência de que o boom do mercado imobiliário da China está perdendo força enquanto o governo continua com as medidas de desaquecimento para anular possíveis bolhas.
O aumento dos preços das casas, especialmente nas principais cidades, alimentou as preocupações sobre bolhas no mercado. Desde o final de 2016, dezenas de governos locais aprovaram ou expandiram as restrições sobre compras de casas e aumentaram a entrada mínima para hipoteca.
O mercado também foi desaquecido por condições de liquidez relativamente apertadas no país, pois o governo agiu para conter alavancagem e risco no sistema financeiro.
A pressão de liquidez e a supervisão financeira intensificada forçaram as instituições financeiras a intensificar as avaliações de pedidos de empréstimos, restringir os empréstimos hipotecários e aumentar taxa de juro.