“A construção de mais de 20 instalações militares no recife de Nansha está quase concluída, com estruturas que poderão ser usadas para implantar mísseis de longo alcance terra-ar”, informou a Reuters, citando “dois oficiais americanos”, que acrescentam que este pode ser um “teste antecipado da China ao governo de Donald Trump”.
Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, respondeu na quarta-feira (dia 22), que é normal que a China construa facilidades militares no seu próprio território, incluindo a implementação das instalações apropriadas e necessárias para a defesa nacional, o que está de acordo com os direitos normais da lei internacional de soberania.
A Reuters noticiou que a China construiu, nos recifes Zhubi, Meiji e Yongshu, no Mar do Sul da China, 20 instalações com 10 metros de altura e 20 metros de comprimento. Os edifícios erigidos possuem um topo que pode ser aberto, à semelhança dos lança-mísseis.
“A explicação racional é que estas instalações são para a instalação de mísseis terra-ar”, afirmou um oficial dos serviços de inteligência dos EUA.
Outro oficial americano, que preferiu manter o anonimato, acrescentou que esta construção pode ser vista como uma “escalada militar” por parte da China, que já construiu pistas de aviação para questões militares nas Ilhas Nansha.
O artigo reporta ainda que a questão que se impõe se refere ao facto de os Estados Unidos responderem ou não aos progressos.
O Secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou, durante uma reunião, que a China não estava autorizada a aproximar-se do recife do Mar do Sul da China, mas acabou por abrandar o tom logo de seguida.
Na terça-feira, Geng Shuang reiterou que a China detém soberania indisputável sobre as ilhas do Mar do Sul da China e águas adjacentes.
A China defende afincadamente os seus direitos e interesses, assim como a soberania territorial.
Ao mesmo tempo, o país se tem comprometido em resolver pacificamente as disputas territoriais através de conversação e negociações com as partes envolvidas, mantendo o compromisso de paz e estabilidade com os países da ASEAN, reforçou.
É esperado, por isso, que os países da região respeitem os esforços feitos no sentido da resolução de conflitos e que sejam conducentes da manutenção da paz e estabilidade regionais, concluiu o porta-voz.