China: construção de instalações militares em Nansha é um direito normal

Fonte: Diário do Povo Online    23.02.2017 10h47

“A construção de mais de 20 instalações militares no recife de Nansha está quase concluída, com estruturas que poderão ser usadas para implantar mísseis de longo alcance terra-ar”, informou a Reuters, citando “dois oficiais americanos”, que acrescentam que este pode ser um “teste antecipado da China ao governo de Donald Trump”.

Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, respondeu na quarta-feira (dia 22), que é normal que a China construa facilidades militares no seu próprio território, incluindo a implementação das instalações apropriadas e necessárias para a defesa nacional, o que está de acordo com os direitos normais da lei internacional de soberania.

A Reuters noticiou que a China construiu, nos recifes Zhubi, Meiji e Yongshu, no Mar do Sul da China, 20 instalações com 10 metros de altura e 20 metros de comprimento. Os edifícios erigidos possuem um topo que pode ser aberto, à semelhança dos lança-mísseis.

“A explicação racional é que estas instalações são para a instalação de mísseis terra-ar”, afirmou um oficial dos serviços de inteligência dos EUA.

Outro oficial americano, que preferiu manter o anonimato, acrescentou que esta construção pode ser vista como uma “escalada militar” por parte da China, que já construiu pistas de aviação para questões militares nas Ilhas Nansha.

O artigo reporta ainda que a questão que se impõe se refere ao facto de os Estados Unidos responderem ou não aos progressos.

O Secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou, durante uma reunião, que a China não estava autorizada a aproximar-se do recife do Mar do Sul da China, mas acabou por abrandar o tom logo de seguida.

Na terça-feira, Geng Shuang reiterou que a China detém soberania indisputável sobre as ilhas do Mar do Sul da China e águas adjacentes.

A China defende afincadamente os seus direitos e interesses, assim como a soberania territorial.

Ao mesmo tempo, o país se tem comprometido em resolver pacificamente as disputas territoriais através de conversação e negociações com as partes envolvidas, mantendo o compromisso de paz e estabilidade com os países da ASEAN, reforçou.

É esperado, por isso, que os países da região respeitem os esforços feitos no sentido da resolução de conflitos e que sejam conducentes da manutenção da paz e estabilidade regionais, concluiu o porta-voz.

  

(Web editor: Renato Lu, editor)

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