WASHINGTON, 16 de fev (Diário do Povo Online) – A revista norte-americana “Navy Times” citou recentemente palavras de três funcionários governamentais anônimos do Pentágono, dizendo que a marinha e o Comando do Pacífico dos EUA tencionam intensificar as denominadas ações de “liberdade de navegação”, enviando mais navios de guerra à região marítima circundante às ilhas chinesas no Mar do Sul.
A “Navy Times” é uma revista semanal cujo público alvo são os membros da marinha dos Estados Unidos e seus familiares.
Segundo a reportagem publicada pela revista no dia 12 de fevereiro (horário padrão do leste dos Estados Unidos) no seu website, o porta-aviões Carl Vinson poderá participar da ação, com destino possível aos mares perto das ilhas Nansha e Xisha, ou uma delas.
De acordo com uma declaração publicada pelo governo chinês sobre a soberania e direitos marítimos do país no Mar do Sul da China, a China tem soberania sobre as ilhas Dongsha, Xisha, Zhongsha e Nansha, e seus respetivos direitos marítimos. Como tal, os supramencionados conjuntos de ilhas, possuem zonas económicas exclusivas e plataforma continental.
Segundo a reportagem, as ações planejadas pelas entidades militares de alto nível dos EUA, constituem novas ameaças para a soberania no mar territorial da China.
O plano está sendo apresentado ao presidente norte-americano Donald Trump e pode causar especulação em todo o país sobre as políticas da Ásia-Pacífico do governo de Trump.
O porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang afirmou na última segunda-feira (13) que a China reitera firmemente a soberania territorial, bem como os direitos e interesses marítimos do país.
A China se dedica à resolução do problema por meios pacíficos, juntamente com os países envolvidos e membros da ASEAN, de modo a manter conjuntamente a paz e estabilidade da região.
“A construção de infraestruturas por parte da China no seu território constitui um assunto interno do país, não estando relacionada com objetivos militares”, afirmou Geng.
“Alguns países enviam navios e aviões ao Mar do Sul da China para demonstrar o seu poder bélico, ou provocar distúrbios. Esse sim, é o principal motivo para a promoção da militarização do Mar do Sul da China,” disse o porta-voz.
“Apelamos aos EUA e Japão para que lidem com a questão do Mar do Sul da China objetiva e racionalmente, agindo de forma favorável a favor da paz e estabilidade da região”, acrescentou Geng.
