Iniciativa de Cinturão e Rota - oportunidade para Portugal?

Fonte: Xinhua    18.11.2016 13h46

Por Luís Felipe Amaral da Silva Pestana

A política externa chinesa entrou numa nova fase, com a apresentação da sua mais recente inovação: em Setembro e Outubro de 2013, o presidente Xi Jinping, dava a conhecer a iniciativa “Cinturão Económico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século XXI” (Um Cinturão e uma Rota). Este ambicioso projeto, tem como base, a influência que a China construiu ao longo dos últimos 40 anos no panorama internacional, especialmente, na Ásia Central, Sudeste Asiático e África Subsaariana. No espaço europeu, Pequim, optou por uma aproximação estratégica aos países de Leste, sendo que, a Rússia detém um grande peso, fruto das fortes relações bilaterais que mantém com a República Popular da China (RPC). Esses laços com o governo chinês, foram reforçados com a crise da Crimeia e com as sanções impostas pelo Ocidente. Principal consequência desse facto, foi a necessidade de Moscovo investir fortemente na venda de recursos energéticos para a China, como forma de contrabalançar a queda dos seus lucros junto dos países da União Europeia (UE).

De momento, esta iniciativa não engloba nenhum Estado para além da Alemanha, deixando de parte a França, Reino Unido, Espanha e Portugal. Apesar de ser importante destacar que a iniciativa tem apenas três anos de existência e de incidir especialmente na Eurásia, Portugal poderá ser o elemento comum, fundamental para Pequim, reforçar os laços com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Não obstante a complexidade da iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”, obriga a uma reflexão sobre o desenvolvimento atual deste projeto ambicioso e saber em que medida Portugal poderá ser útil para a sua concretização.


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(Web editor: Juliano Ma, editor)

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