WASHINGTON, 7 de jul (Diário do Povo Online) – O Diálogo China-EUA sobre o Mar do Sul da China, realizado no dia 5 de julho em Washington, atraiu a participação de mais de 20 especialistas chineses e norte-americanos.
Os participantes chegaram ao consenso de que os países envolvidos devem se esforçar para apaziguar a questão do Mar do Sul da China. A China e os EUA necessitam gerir as suas disputas para evitar prejuízos nas relações entre as duas nações.
O ex-conselheiro de Estado da China, Dai Bingguo, assinalou a urgência de esfriar a questão do Mar do Sul da China, sublinhando a determinação da China em defender a sua integridade territorial e soberania.
Dai apelou aos EUA para assumirem o seu compromisso de não tomarem qualquer partido na questão do Mar do Sul da China.
O ex-vice-secretário de Estado dos EUA, John D. Negroponte, afirmou que a relação entre as duas partes é muito importante para a paz e prosperidade mundiais.
O vice-presidente do Carnegie Endowment for International Peace, Douglas Paal, afirmou que vários especialistas chineses se dirigiram aos EUA para realizar um diálogo com os estudiosos norte-americanos, o que veio garantir benefícios para o controlo de ânimos na questão do Mar do Sul da China.
“Os EUA teceram várias opiniões sobre a liberdade de navegação, originando vários mal-entendidos em todo mundo”, afirmou Dai.
O pesquisador do Instituto de Cato dos EUA, Eric Gomez, afirmou em uma entrevista do Diário do Povo que a demonstração de força é uma parte integrante da política dos EUA no Mar do Sul da China.
“Qualquer ação emocional por parte dos dois países poderá atualizar o conflito. Por isso, a realização do diálogo é algo muito importante”, afiançou David Sedney, pesquisador superior do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais e ex-vice-adjunto do ministro da Defesa dos EUA.
O pesquisador superior do Carnegie Endowment for International Peace, Michael D. Swaine, disse que, apesar da falta de canais de diálogo relativamente à questão do Mar do Sul da China, ambas as partes necessitam reforçar a comunicação e controlar as disputas, de modo a evitar o agravamento da situação do Mar do Sul da China.
De acordo com Lou Chunwei, vice-diretor de Estratégia Marítima dos Institutos de Relações Internacionais Contemporâneas da China, a principal razão da deterioração da situação do Mar do Sul da China se prende com a suspeita estratégica e o julgamento erróneo dos países relacionados com o desenvolvimento pacífico chinês e a política do Mar do Sul da China. Os países liderados pelos EUA devem evitar a arbitragem ou a "liberdade de navegação", sendo que estas medidas agravarão ainda mais a situação tensa que se vive na região.
O vice-presidente da Academia de Ciências Sociais, Huang Renwei, refere que os EUA, como potência mundial e participante ativo na região ásia-pacífico, tem a responsabilidade de apaziguar a situação do Mar do Sul da China.
O ex-embaixador dos EUA na China, J. Stapleton Roy, sugeriu que o governo norte-americano não fizesse mais críticas e não se envolvesse nas disputas no Mar do Sul da China. Ele pediu a integração dos EUA na Convenção da ONU sobre a Lei do Mar. Nos últimos 20 anos, o país nunca avançou para a integração na Convenção de forma séria. Os EUA não aprovaram a Convenção, mas pediram a outros intervenientes para a cumprir, assumindo uma posição polémica.