A Associação Budista da China anunciou na segunda-feira que cancelou o certificado de ordenação de Shi Yongxin, abade do mundialmente renomado Templo Shaolin, após as autoridades do país iniciarem investigações por suspeitas de peculato, "relacionamentos impróprios com várias mulheres" e "ser pai de pelo menos um filho ilegítimo".

O certificado de ordenação é a prova da aceitação de alguém na comunidade monástica.

Em um comunicado, a associação afirmou: "As ações de Shi são extremamente graves, prejudicando seriamente a reputação da comunidade budista e a imagem dos monges".

Na noite de domingo, o Templo Shaolin divulgou um comunicado em seu site oficial afirmando que Shi, que também é vice-presidente da Associação, é suspeito de crimes, incluindo peculato e apropriação indevida de fundos de projetos e ativos do templo, além de manter relacionamentos impróprios com várias mulheres por um longo período e ser pai de pelo menos um filho.

Nascido em 1965, Shi se tornou monge em 1981 e serve como o 30º abade do templo de 1.500 anos, localizado em uma cadeia de montanhas na província de Henan, na China Central, desde 1999. Sendo um santuário budista mundialmente famoso e o berço do kung fu, o templo atrai milhares de discípulos todos os anos do mundo todo.