A China não busca obter vantagem competitiva internacional por meio da desvalorização da moeda, afirmou Zou Lan, vice-presidente do Banco Popular da China (BPC), em uma entrevista coletiva realizada na segunda-feira.
Recentemente, o índice do dólar americano e os rendimentos do Tesouro têm apresentado maior volatilidade, resultando em efeitos colaterais nos mercados financeiros globais, disse Zou.
Em comparação, o mercado financeiro chinês demonstrou forte resiliência e operou tranquilamente, disse ele. Desde a divulgação da declaração conjunta sobre as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra em maio, o RMB apresentou flutuações bidirecionais em relação ao dólar americano, permanecendo estável abaixo de 7,2.
"No momento, a trajetória do dólar americano permanece incerta, enquanto os fundamentos internos da China têm apresentado melhorias contínuas, proporcionando uma base sólida para que o RMB mantenha a flexibilidade bidirecional e a estabilidade geral", disse Zou.
À medida que as principais economias desenvolvidas entram em um ciclo de corte de taxas e crescem as expectativas do mercado de que o Federal Reserve dos EUA retome os cortes nas taxas de juros, espera-se que o diferencial de taxas de juros entre a China e os Estados Unidos diminua, acrescentou ele.
O balanço de pagamentos internacionais da China alcançou um equilíbrio básico, com operação estável em seu mercado financeiro, e seu mercado cambial registrou melhorias consideráveis, observou ele.
O BPC continuará a permitir que o mercado desempenhe um papel decisivo na determinação da taxa de câmbio, com esforços adicionais para manter a flexibilidade cambial, fortalecer a gestão das expectativas, proteger contra o risco de flutuações excessivas e manter a taxa de câmbio do RMB basicamente estável em um nível razoável e equilibrado, acrescentou Zou.