O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, se reúne com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio de Janeiro, Brasil, em 5 de julho de 2025. (Xinhua/Liu Bin)
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse no sábado que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para alavancar as vantagens complementares de cada um e expandir a cooperação em áreas como economia digital, economia verde, inovação científica e tecnológica e aeroespaço.
Li fez as observações durante sua reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro-ministro chinês chegou ao Rio de Janeiro no sábado para participar da 17ª Cúpula do BRICS.
Li transmitiu as calorosas saudações do presidente chinês, Xi Jinping, a Lula, observando que as relações China-Brasil estão em sua melhor forma de todos os tempos, com ambos os lados trabalhando juntos para construir uma comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado para um mundo mais justo e um planeta mais sustentável.
Durante a visita de Lula à China em maio, os dois chefes de Estado chegaram a um consenso importante sobre a construção de uma comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado e a defesa do multilateralismo, disse Li.
A China está pronta para trabalhar com o Brasil para continuar com os esforços para enriquecer as dimensões das relações bilaterais e alcançar resultados mais concretos na cooperação, de modo a proporcionar mais benefícios aos dois povos, acrescentou Li.
A China está disposta a trabalhar com o Brasil para consolidar e aprofundar ainda mais a cooperação bilateral em comércio, finanças e desenvolvimento de infraestrutura sob a estrutura da cooperação de alta qualidade do Cinturão e Rota, disse o primeiro-ministro.
Li também pediu que os dois países garantam conjuntamente o sucesso do Ano da Cultura China-Brasil em 2026, intensifiquem a cooperação em educação, juventude, saúde e outras áreas, facilitem ainda mais os intercâmbios entre pessoas e fortaleçam o apoio público à amizade e cooperação China-Brasil.
Descrevendo os dois países como defensores ferrenhos do multilateralismo e do livre comércio, Li disse que a China está disposta a melhorar a comunicação e a coordenação com o Brasil dentro de estruturas multilaterais como as Nações Unidas, o BRICS e o G20, trabalhar em unidade com os países em desenvolvimento para promover um mundo multipolar igualitário e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva, e fornecer mais certeza e estabilidade para o mundo.
A China apoia o Brasil na realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Belém (COP30) no final deste ano, disse Li.
O primeiro-ministro chinês Li Qiang se reúne com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no Rio de Janeiro, Brasil, em 5 de julho de 2025. (Xinhua/Li Xiang)
Por sua vez, Lula pediu a Li que transmita seus sinceros cumprimentos a Xi. Ele observou que os dois povos compartilham uma profunda amizade.
O Brasil atribui grande importância ao avanço de suas relações com a China e está pronto para trabalhar com a China para dar continuidade ao importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado e fortalecer ainda mais os intercâmbios de alto nível, disse ele.
O Brasil está pronto para promover intercâmbios e cooperação com a China em áreas como economia e comércio, ciência e tecnologia, finanças e aeroespaço, acrescentou.
O Brasil também busca aprofundar a colaboração com a China no enfrentamento das mudanças climáticas, disse Lula, observando que o país saúda a participação da China na próxima COP30 em Belém.
Ele também parabenizou a China por sediar com sucesso a quarta reunião ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) este ano.
Lula disse que o Brasil está disposto a aprofundar a comunicação e a coordenação multilateral com a China, opor-se conjuntamente ao unilateralismo e defender o multilateralismo e o livre comércio para promover a paz e o desenvolvimento mundial.
Após a reunião, os dois lados testemunharam a assinatura de documentos de cooperação em áreas como assuntos fiscais e financeiros, inteligência artificial, alinhamento de estratégias de desenvolvimento e aeroespaço.