A China está pronta para coletar amostras de Marte e trazê-las para a Terra por volta de 2031, com seu principal objetivo científico sendo a busca por sinais de vida no planeta vermelho, de acordo com o Laboratório de Exploração do Espaço Profundo na quarta-feira.
A China planeja realizar sua missão Tianwen-3 por meio de dois lançamentos por volta de 2028. A missão visa pousar, coletar amostras e trazê-las em uma operação integrada, com o local de pouso também servindo como local de amostragem.
Os cientistas do laboratório, incluindo o cientista-chefe da missão, Hou Zengqian, e seu designer-chefe, Liu Jizhong, delinearam sua estratégia de exploração em um artigo publicado na edição de novembro da revista National Science Review. Sua estratégia inclui considerações como "onde recolher amostra", "o que escolher", "como recolher" e "como utilizar" os materiais coletados.
Eles propuseram 86 locais de pouso em potencial, concentrados principalmente na antiga região de Chryse Planitia e na região de Utopia Planitia, que abrangem diversos ambientes geológicos, como costas antigas, deltas, lagos antigos e sistemas de cânions, proporcionando condições favoráveis para a origem e preservação da vida antiga em potencial, de acordo com o artigo.
A equipe prometeu investigar como identificar, onde encontrar e como preservar bioassinaturas, utilizando técnicas de amostragem de superfície e perfuração. Eles também destacaram no artigo a necessidade de desenvolver novos instrumentos especificamente projetados para a detecção de bioassinaturas.
A missão Tianwen-3 transportará cargas úteis desenvolvidas por meio da cooperação internacional, e a China colaborará com cientistas de todo o mundo para realizar pesquisas conjuntas sobre amostras de Marte e dados de detecção.
O país também planeja sondar o sistema jupiteriano para investigar a história da evolução de Júpiter e de suas luas durante sua missão Tianwen-4.