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Revivendo as histórias do presidente Xi Jinping sobre a amizade China-Brasil — Um "Pagode Chinês"

Fonte: Diário do Povo Online    18.11.2024 09h48

Jiang Zhongqi e Gong Wenjing, Diário do Povo

A China e o Brasil estão separados por cerca de 18.800 quilômetros, sendo considerados países “muito distantes” um do outro. O povo chinês acredita que, se houver um destino, ambos se podem cruzar, não importa o quão longe distem um do outro. Trata-se de um ‘encontro a milhares de quilômetros de distância’.

Em julho de 2014, o presidente chinês Xi Jinping fez um discurso no Congresso brasileiro, em que afirmou: “A China e o Brasil estão separados por vastos oceanos, mas o imenso Pacífico não impediu o processo de intercâmbio amigável entre os povos dos dois países”.

Em 16 de julho de 2014, o presidente Xi Jinping fez um discurso intitulado "Promover a amizade tradicional e escrever um novo capítulo de cooperação", no Congresso Nacional do Brasil. (Foto: Liu Jiansheng, Xinhua)

Há mais de 200 anos, centenas de agricultores de chá chineses atravessaram os mares e chegaram ao Brasil para ensinar a arte do chá. Na Exposição Mundial de Viena, em 1873, o chá produzido no Brasil foi amplamente elogiado. Para homenagear esses agricultores chineses, a cidade do Rio de Janeiro construiu um "Pagode Chinês" no Parque Nacional da Tijuca.

O Brasil é o terceiro país produtor de chá no mundo, depois da China e do Japão. O presidente Xi fez uma analogia: “A amizade sincera entre os povos da China e do Brasil, construída ao longo de muitos anos, é como o trabalho árduo dos agricultores de chá chineses: o que eles plantaram foi a esperança, o que colheram foi a alegria, e o que degustam é a amizade”.

No Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, há um mirante que se chama “Vista Chinesa”, construído para homenagear os agricultores de chá chineses que cultivaram chá na região. Hoje, tornou-se um famoso ponto turístico local. (Foto:Xinhua)

Após a fundação da República Popular da China, os intercâmbios e as relações comerciais entre os povos chinês e brasileiro se intensificaram, com o aumento de visitas mútuas. Em 15 de agosto de 1974, a China e o Brasil estabeleceram relações diplomáticas oficialmente, iniciando um novo capítulo de cooperação amistosa entre os dois maiores países em desenvolvimento de seus respectivos hemisférios.

Carlos Tavares foi um dos primeiros jornalistas brasileiros a se interessar pela Nova China. Em 1971, percebeu o imenso potencial da China e publicou sua primeira grande reportagem sobre o país.

Em 1990, ele visitou a China pela primeira vez e publicou seu primeiro livro sobre o país: O Despertar da China.

Durante décadas, Tavares se dedicou a estudar a China, acompanhando quase todos os dias as notícias sobre o país e escrevendo artigos e colunas. Ele escreveu 10 livros sobre a China e mais de mil artigos sobre o país. Em 15 de outubro de 2021, viria a falecer, aos 97 anos.

O presidente Xi Jinping mencionou Tavares, que se considerava "um brasileiro de coração chinês". “Muitos brasileiros conheceram a China através de suas palavras e se aproximaram do país. Quando lhe perguntaram qual era a sua motivação para fazer isso, ele respondeu: ‘Eu só queria apresentar a China, para que mais pessoas conhecessem o país’”.

A amizade entre os povos é a força motriz para o desenvolvimento das relações bilaterais entre China e Brasil. O presidente Xi Jinping compartilhou frequentemente histórias de amizade entre os dois povos: “O mestre da pintura chinesa Zhang Daqian morou no Brasil por 17 anos, e em sua residência, o Jardim Bade, ele pintou obras clássicas como “A Thousand Mile of the Yangtze River”, “Huangshan Landscape” e “Homesick”.

“Na década de 1980, a telenovela brasileira “A Escrava Isaura” fez enorme sucesso na China, e a busca da personagem Isaura pela liberdade e pelo amor tocou os corações de milhões de telespectadores chineses”.

Em 17 de julho de 2014, o presidente Xi Jinping participou de uma cerimônia de boas-vindas em Brasília. (Foto: Xie Huanqi, Xinhua)

Atualmente, os intercâmbios culturais entre a China e o Brasil estão cada vez mais ativos. Os dois países já realizaram várias grandes atividades culturais, como o Fórum de Trocas Civilizacionais e o Festival de Cultura Chinesa; a cidade de Recife declarou 2024 como o “Ano da China”; no Festival Internacional de Cinema de Beijing deste ano, o Brasil foi o país convidado e realizou a Semana de Cinema Brasileiro; em abril deste ano, a rota aérea Beijing-Madrid-São Paulo foi retomada, fortalecendo ainda mais as pontes para o intercâmbio cultural.

O sociólogo brasileiro Gilberto Freyre considerava o Brasil como a “China tropical”, o que reflete não apenas a profunda amizade histórica entre os dois países, mas também o alinhamento de ideias e valores entre seus povos. “Se há um amigo distante, a distância é como a proximidade”. O presidente Xi disse que esta antiga poesia chinesa descreve perfeitamente a relação entre a China e o Brasil.

Estas histórias de amizade entre os povos chinês e brasileiro são apenas alguns dos casos de sucesso das interações entre a China e a América Latina. Graças aos esforços de inúmeras pessoas de ambos os lados, as relações entre a China e a América Latina continuam a fluir adiante como os rios Yangtzé e Amazonas.

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