Beijing, a primeira megacidade da China a alcançar a redução populacional, manteve sua população permanente abaixo do limite de 23 milhões por seis anos consecutivos desde 2017, de acordo com uma conferência municipal realizada na última quinta-feira.

De acordo com um relatório da equipe de pesquisa do Comitê Municipal de Beijing da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, embora a população de Beijing permaneça estável, sua distribuição está se tornando mais equilibrada.

As principais áreas funcionais e os distritos urbanos centrais da capital chinesa testemunharam constantes declínios populacionais, enquanto o subcentro da cidade, as novas povoações e as áreas de conservação ecológica experimentaram crescimento populacional, de acordo com o relatório.

O relatório mostrou que essa mudança está criando uma estrutura populacional mais distribuída, com a proporção de residentes nos seis distritos centrais diminuindo de 60% em 2015 para 50% em 2023, enquanto a participação nos dez distritos remotos aumentou consequentemente.

Beijing também se destaca por sua alta concentração de talentos, tendo a maior densidade de talentos na China. Três quartos desses talentos estão concentrados nos seis distritos centrais. Além disso, a expectativa de vida da cidade em 2020 atingiu 82,49 anos, ou seja, 4,56 anos acima da média nacional.

A equipe de pesquisa enfatizou que Beijing deve continuar sua abordagem dupla de aliviar as áreas sobrecarregadas e, ao mesmo tempo, apoiar as emergentes. A coordenação entre os distritos urbanos centrais e as novas povoações, bem como a integração dentro da região Beijing-Tianjin-Hebei, são cruciais.

Gu Shuzhong, pesquisador do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado, sugeriu que alcançar uma distribuição equilibrada de áreas de trabalho e residenciais em toda a cidade é essencial, e a cidade deve realocar ordenadamente as universidades municipais e empresas estatais dos distritos centrais para as áreas externas.