O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva indicou o economista Gabriel Galípolo, 42 anos, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para presidir a instituição no período 2025-2028.
A indicação foi anunciada na quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.
Escolhido pelo presidente da República, Galípolo ainda precisa receber o aval do Senado Federal antes de assumir o cargo. Ele será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em seguida, precisa ter seu nome aprovado pelo plenário da Casa. A votação é secreta.
Caso seu nome seja aprovado, Galípolo sucederá Roberto Campos Neto, atual chefe da autoridade monetária, que permanecerá no cargo até dezembro deste ano ao completar quatro anos de mandato. A indicação era esperada pelo mercado.
Galípolo atuou como assessor na campanha eleitoral de Lula da Silva, em 2022, na equipe de transição do governo e no Ministério da Fazenda, antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do Banco Central em 2023.
Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Galípolo deu aulas na universidade de 2006 a 2012.
Foi presidente do Banco Fator, instituição com tradição em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), de 2017 a 2021, ano em que se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Em declaração à imprensa após Haddad anunciar sua indicação, Galípolo afirmou que é "na mesma magnitude, uma honra, um prazer e uma responsabilidade ser indicado à Presidência do BC pelo ministro Haddad e pelo presidente Lula. É uma honra enorme, é uma grande responsabilidade".