O número de pessoas na China infetadas com Covid-19 está oscilando razoavelmente e não será um fardo para os recursos médicos ou para o público, segundo os especialistas.

Os últimos números do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças revelam que os departamentos médicos para responder a surtos de febre em todo o país viram o número de novas infeções cair de 125.000 em 1º de julho para 92.000 em 31 de julho. As infeções atingiram o pico em cerca de 210.000 entre fevereiro e março.

O número de pacientes com Covid-19 em estado crítico no mês passado foi de 203, segundo o centro, em comparação com 358 em fevereiro e 588 em março.

No entanto, o Centro Médico Nacional de Doenças Infeciosas adiantou que a porcentagem de pessoas pegando gripe e testando positivo para Covid-19 aumentou de 8,9% no início de julho para 18,7% no final do mês passado.

"As infeções por Covid-19 têm registrado flutuações semelhantes globalmente", disse Zhang Wenhong, chefe do departamento de doenças infeciosas do Hospital Huashan da Universidade Fudan, em Shanghai, na conta pública do hospital no WeChat no sábado. "Os Estados Unidos, por exemplo, atravessaram três ondas de infeções por Covid-19 desde agosto do ano passado, que seguem um ciclo repetido de cinco a seis meses."

Ele disse que a Covid-19 gradualmente se desenvolveu em uma doença respiratória periódica na China devido a mutações e a um declínio periódico na imunidade, com a gravidade dos sintomas sendo relativamente estável. Essas descobertas foram baseadas na vigilância das últimas três ondas de Covid-19 — em maio e agosto do ano passado e em fevereiro deste ano.

Embora a atual onda de infeções por Covid-19 tenha ganhado força no mês passado, a população infetada não excederá o pico do inverno e, portanto, não representará um fardo severo para os recursos médicos, acrescentou Zhang.