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Paris 2024: Rebeca Andrade - a garota da favela que virou "Rainha das Olimpíadas"

Fonte: Diário do Povo Online    07.08.2024 15h18

Rebeca Andrade, ginasta brasileira, levou o ouro na final do solo da ginástica artística, na segunda-feira (5).

No momento em que a ginasta brasileira, que se consagrou campeã olímpica do solo, subiu ao topo do pódio, Simone Biles dos EUA, que venceu a medalha de prata, e Jordan Chiles também do país norte-americano, que venceu o bronze, colocaram um joelho no chão e fizeram uma reverência à vencedora da prova.

Esse momento foi registrado, e Rebeca se destacou como uma "Rainha das Olimpíadas" para o Brasil.

Esta medalha é a quarta medalha de Rebeca Andrade nos Jogos Olímpicos de Paris, tendo conquistado também a prata no individual geral e no salto, além do bronze no grupo feminino. Somando a medalha de ouro no salto e a prata no individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ela se tornou a atleta brasileira com o maior número de medalhas olímpicas na história.

"Foi com muito carinho. A gente estava lá atrás, conversando sobre tudo que estava acontecendo. Elas são as melhores do mundo. Então ter uma cena como essa significa muito para mim. É algo muito grandioso e eu me sinto muito honrada. A gente sempre está torcendo pelo melhor. A gente sabe o quanto é difícil, foi uma final difícil para todo mundo. Foi uma honra", comentou Rebeca.

Após conquistar a medalha de ouro, a ginasta chorou. Em sua terra natal, no Brasil, muitas pessoas também choraram. As lágrimas não foram apenas pela emoção da medalha de ouro, mas também pela inspiradora trajetória de superação que transformou a garota da favela na "Rainha das Olimpíadas."

Rebeca é uma garota nascida e criada em uma favela, sua mãe trabalhava como faxineira para cuidar sozinha dela e de seus sete irmãos e irmãs.

Não importa sua origem, sua situação econômica ou a cor da sua pele, você deve acreditar em si mesmo e não deixar que ninguém te impeça de alcançar seus objetivos, disse ela.

Após a competição, Rebeca afirmou que talvez não participe mais de provas de solo. "Acredito que foi meu último solo, sim, mas o futuro pertence a Deus", disse Rebeca ao Olympics.com. "Não sei se veremos uma nova Rebeca, talvez uma Rebeca que não vai fazer todos os aparelhos, mas ela não vai perder a alegria, o brilho e a vontade de continuar incentivando", acrescentou.

Após o término das suas competições nos Jogos Olímpicos de Paris, a ginasta pretende assistir aos jogos da seleção brasileira de voleibol feminino.

Rebeca destacou que tudo isso é muito especial e acrescentou que agora está muito orgulhosa e pretende se juntar às outras atletas brasileiras para mostrar a força das mulheres.

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