Um grupo de estudantes de diferentes países que se inscreveram em um curso de ciclismo andam de bicicleta ao longo do Eixo Central de Beijing, capital da China, em 24 de julho de 2024. (Foto: Wei Mengjia/Xinhua)
Apesar da exaustão, do calor escaldante do verão e dos corpos encharcados de suor, mais de uma dúzia de estudantes internacionais não conseguiram esconder sua excitação após completar um passeio de bicicleta de três horas ao longo do Eixo Central de Beijing, cada um correndo para cumprimentar seu líder de equipe.
Em uma sessão na Índia no final de julho, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) inscreveu o Eixo Central de Beijing, de 700 anos, apelidado de "espinha dorsal da cultura da cidade", na Lista do Patrimônio Mundial.
"Esta jornada foi muito boa e é muito bom vivenciar tudo", disse Callum Deighton, um estudante da Universidade de York, Grã-Bretanha, acrescentando que ficou impressionado com a arquitetura histórica ao longo do eixo central.
Deighton estava entre um grupo de estudantes de diferentes países que se inscreveram em um curso de ciclismo oferecido pela Escola de Verão Internacional 2024 da Universidade de Pequim. Durante o curso de um mês em julho, os estudantes tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento e habilidades de ciclismo, enquanto participavam de passeios de bicicleta para explorar o charme antigo de Beijing.
Lu Fuquan, líder de equipe e instrutor da Universidade de Pequim, é um ávido entusiasta do ciclismo que também gosta da herança histórica e cultural de Beijing. Ele planejou seis rotas de ciclismo para o curso, levando os estudantes a uma exploração de duas rodas da antiga capital.
"Para realmente explorar uma cidade, não se pode ficar confinado à sala de aula", disse Lu. "Espero permitir que jovens de vários países atravessem o Eixo Central de Beijing de bicicleta e vivenciem o charme da herança histórica e cultural da antiga capital".
Desde o ano passado, o curso atraiu 130 estudantes internacionais, incluindo aqueles da Grã-Bretanha, França, Canadá, Austrália, Japão e Singapura.
Beijing, com uma história de mais de 3.000 anos, serviu como capital chinesa por 870 anos, tornando-se um tesouro do patrimônio cultural.
O Eixo Central de Beijing, o exemplo mais bem preservado da arquitetura tradicional do eixo central na China, se estende por 7,8 km do Portão Yongding no sul até as Torres do Sino e do Tambor no norte.
Quinze componentes do patrimônio, incluindo as Torres do Sino e do Tambor, a Ponte Wanning, a Colina Jingshan, o Complexo da Praça Tian'anmen, a Cidade Proibida e o Templo do Céu, estão localizados no eixo ou ao longo dele.
Um grupo de estudantes de diferentes países que participaram de um curso de ciclismo posam para uma foto em grupo em frente ao Portão Wumen da Cidade Proibida em Beijing, capital da China, em 24 de julho de 2024. (Foto: Xinhua)
Maria Lamb, também da Universidade de York, registrou visitas à Grande Muralha e à Cidade Proibida durante suas viagens anteriores a Beijing, mas percebeu que contemplou apenas a superfície do que a cidade tem a oferecer.
"O Eixo Central de Beijing definitivamente mostra a cultura. Se você ler nas entrelinhas dos edifícios, reconhecerá a história", disse ela.
Durante o curso, os alunos pedalaram por mais de 10 locais importantes ao longo do eixo, incluindo a Praça Tian'anmen, o Templo do Céu e a Colina Jingshan, parando para explorar muitos deles.
"Beijing é realmente vibrante", disse Gabriela Coka, da Espanha, após o passeio de bicicleta no Eixo Central de Beijing.
"Há muitas coisas que não consegui conhecer. Assim que eu aprender, tenho certeza de que verei mais camadas de Beijing e da China", disse ela.
